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Trama golpista: Supremo Tribunal Federal começa julgamento do núcleo 2 hoje

Denunciados deste grupo fazem parte do núcleo de gerenciamento de ações elaboradas pela organização criminosa

Sede do STF | Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia na terça-feira (9) o julgamento de seis acusados de participar da tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022. Os ministros vão analisar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado “núcleo 2” da articulação golpista.

A PGR ofereceu a denúncia em fevereiro deste ano, tornando o caso a segunda ação penal sobre o episódio apreciada pela Primeira Turma — a primeira, referente ao “núcleo crucial”, resultou na condenação de Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete envolvidos.

O “núcleo 2” teria coordenado ações como o bloqueio promovido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições presidenciais.

O grupo é formado por:

  • Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal;
  • Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro;
  • Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais do ex-presidente;
  • Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres;
  • Mário Fernandes, general da reserva, ex-secretário-geral da Presidência e aliado próximo de Bolsonaro;
  • Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.

Investigação da PF

A denúncia foi fundamentada em investigações conduzidas pela Polícia Federal e reunidas em um relatório apresentado no fim do ano passado. A partir desse material, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de cinco ações penais.

STF começa a ouvir testemunhas de acusação contra 'núcleo 2' da tentativa de golpe de Estado — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

No total, 34 pessoas foram denunciadas. O STF instaurou processos contra 31 delas, e 24 já foram condenadas. Agora, o Supremo analisará a ação envolvendo o grupo apontado como responsável por liderar as principais iniciativas da organização criminosa.

Entre as ações atribuídas ao grupo estão:

• o uso das forças policiais para tentar manter Jair Bolsonaro no poder;
• o monitoramento de autoridades públicas;
• a articulação com líderes dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas;
• a elaboração da chamada “minuta do golpe”, documento que previa a adoção de medidas de exceção no país.

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