Na sessão plenária de quarta-feira, 25 de maio, o presidente da Assembleia Legislativa, Themístocles Filho (MDB), anunciou que vai endurecer as medidas contra os deputados faltosos na Casa Legislativa, incluindo o desconto nos proventos daqueles que não comparecerem ao Plenário.
Ademais, o líder do Legislativo sinalizou que encaminhará um documento aos secretários estaduais pedindo que eles não recebam os deputados entre as 11 horas e 14 horas, período em que normalmente são realizadas as sessões na Casa, principalmente às terças e quartas-feiras, quando são votados os projetos que tramitam no Legislativo.
Nesse intuito, o mdbista pontuou que se reunirá com a governadora Regina Sousa, do Partido dos Trabalhadores, visando obter o aval dela à sua proposição.
“Meu filho é deputado federal e está lá em Brasília, na Câmara. O cidadão é deputado estadual no Piauí e não pode comparecer na Assembleia. Quero aqui agradecer os deputados da oposição, que estão aqui fazendo o que qualquer deputado deve fazer”, disse.
Filiado ao Republicanos, Gessivaldo Isaias endossou que se os deputados faltarem sem justificativa, é preciso descontar. “O senhor, presidente, é quem mais está aqui. E também tem que visitar seus colégios eleitorais. Terça e quarta-feira, pelo menos, o deputado tem que está aqui. Se não tiver justificativa, desconta. Nós fomos eleitos para quatro anos, não foi para três”, frisou.
Por sua vez, o deputado Francisco Limma (PT) afirmou que as sessões no horário atual recebem mais cobertura da mídia, mas indaga se não seria o caso de realizá-las à tarde, como fazem Assembleias de outros estados.
A deputada Teresa Britto teve uma postura até mais radical, recorrendo ao Regimento Interno que prevê a cassação do mandato por excesso de falta e disse acreditar que na atual legislatura já existe deputado nessa situação. “Eu pedi a Deus para ser eleita para representar o povo. E quando não estou aqui é porque estou no médico ou fiscalizando hospitais”, complementou.