O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, juntamente com outras três pessoas detidas durante a Operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal na quinta-feira, dia 8. Todos passaram por uma audiência de custódia realizada nesta sexta-feira, dia 9, na Superintendência Regional da Polícia Federal, no Distrito Federal.
O presidente do PL foi detido em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e por usurpação mineral, após ser encontrado com uma pepita de ouro durante a operação. Valdemar Costa Neto estava em sua residência, localizada na região central de Brasília, que coincide com a sede do PL, no edifício Brasil 21.
De acordo com informações da PF, Marcelo Câmara era responsável pelo monitoramento de autoridades e coleta de informações em apoio a um suposto plano de golpe de Estado.
A defesa do ex-deputado alega que a arma encontrada no local pertence a um parente e seria devidamente registrada. Além disso, os advogados afirmam que a pepita possui baixo valor e não configura um delito, de acordo com jurisprudência estabelecida.
O ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, comentou sobre a manutenção da prisão de Valdemar em uma publicação na rede social X (ex-Twitter). "A decisão de não liberar o Presidente Valdemar neste momento apenas evidencia ainda mais o período conturbado que o Brasil enfrenta. Minha solidariedade a ele, bem como à sua esposa e familiares. É vergonhoso."
Além de Valdemar Costa Neto, os outros detidos durante a operação e cujas prisões foram mantidas após a audiência de custódia são Filipe Garcia, Marcelo Câmara e Rafael Martins de Oliveira.
A Operação Tempus Veritatis, que significa "hora da verdade" em latim, foi deflagrada pela PF para investigar uma organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado e na abolição do Estado Democrático de Direito. Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, em endereços localizados nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.