A Suprema Corte de Justiça da Argentina determinou nesta terça-feira (10) a prisão da ex-presidente Cristina Kirchner, ao rejeitar um recurso que buscava anular sua condenação a seis anos de prisão por corrupção. Com a decisão, Cristina pode ser detida a qualquer momento.
A condenação já havia sido confirmada por duas instâncias da Justiça argentina, mas a ex-presidente permanecia em liberdade enquanto aguardava o julgamento do recurso apresentado à Corte Suprema.
Diante da possibilidade iminente de prisão, Cristina convocou seus apoiadores a protestarem contra a decisão judicial. De acordo com o jornal Clarín, houve bloqueios em rodovias que dão acesso à cidade de Buenos Aires.
Cristina recebeu a notícia na sede do Partido Justicialista, na capital argentina, onde dezenas de simpatizantes se reuniram em frente ao prédio em sinal de apoio.
Na semana anterior, ela havia anunciado a intenção de disputar as eleições legislativas de setembro, buscando uma vaga como deputada pela província de Buenos Aires. Com a rejeição do recurso, Cristina se torna inelegível e está impedida de concorrer.
Cristina Kirchner presidiu a Argentina por dois mandatos consecutivos, de 2007 a 2015, e retornou ao poder como vice-presidente no governo de Alberto Fernández, entre 2019 e 2023.
Por ter mais de 70 anos, a ex-presidente poderá solicitar a conversão da pena para prisão domiciliar.