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Sob restrição, Bolsonaro não pode se aproximar das 132 embaixadas em Brasília

Representações diplomáticas estão distribuídas no Lago Sul, na Asa Sul e na Asa Norte. Ex-presidente precisa manter distância de 200 metros de embaixadas.

Placa indica Setor de Embaixadas em Brasília, no Distrito Federal | Foto: Reprodução EPTV
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O ex-presidente Jair Bolsonaro está proibido de se aproximar de embaixadas em Brasília, que abriga 132 representações diplomáticas. A medida faz parte das restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o uso de tornozeleira eletrônica, iniciada nesta sexta-feira (18).

Conforme a decisão, Bolsonaro deve manter uma distância mínima de 200 metros das missões diplomáticas e está impedido de manter qualquer contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras. Não há prazo definido para o fim do monitoramento.

Localização das embaixadas

De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), as embaixadas em Brasília ficam em três regiões:

  • Asa Sul
  • Asa Norte
  • Lago Sul

VEJA O MAPA COM A LOCALIZAÇÃO DAS EMBAIXADAS

Nas proximidades do Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, onde reside o ex-presidente Jair Bolsonaro, estão localizadas as embaixadas do Sri Lanka e da República da Macedônia.

Embaixadas em Brasília ficam na Asa Sul, na Asa Norte e no Lago Sul. — Foto: IPEDF/Reprodução 

Já nas imediações das pontes JK e Honestino Guimarães — principais acessos do Jardim Botânico e do Lago Sul à região central de Brasília — encontram-se diversas representações diplomáticas, como as de Bangladesh, Zâmbia, Sérvia, Líbano e Coreia do Norte.

Bolsonaro já dormiu em embaixada

Em fevereiro de 2024, Jair Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria, em Brasília, logo após ser alvo de uma operação da PF por suspeita de tentativa de golpe de Estado. Na ação, seu passaporte foi apreendido e dois ex-assessores foram presos.

Imagens de segurança confirmaram a estadia, e a defesa negou intenção de asilo. Durante o período, Bolsonaro esteve protegido de ações policiais, conforme prevê a legislação internacional.

Inviolabilidade de embaixadas

Segundo a Convenção de Viena, de 1961, da qual o Brasil é signatário, as embaixadas são locais "invioláveis". "Os locais da Missão são invioláveis. Os Agentes do Estado acreditado não poderão nêles penetrar sem o consentimento do Chefe da Missão", aponta a convenção. 

Na prática, quando Bolsonaro dormiu na Embaixada da Hungria, em 2024, ele só poderia ser alcançado por agentes brasileiros com o consentimento do governo húngaro.

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