Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão da rede social X no Brasil, sistemas do STF, da Polícia Federal (PF) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foram alvo de ataques cibernéticos. A Polícia Federal informou na tarde desta terça-feira que investiga a ofensiva que gerou instabilidade em seus serviços. Segundo a corporação, o acesso aos sistemas foi restabelecido e não houve comprometimento de dados.
O que diz o STF?
Em nota, o Supremo Tribunal Federal explicou que os ataques ocorreram após a decisão de Moraes, que também intimou a plataforma X a indicar um representante legal no Brasil. De acordo com o tribunal, os sistemas foram atacados de forma simultânea, ficando inoperantes por cerca de dez minutos. A equipe técnica agiu rapidamente, retirando os serviços do ar e implantando novas camadas de segurança.
A Anatel
A agência informou ter observado um aumento nos ataques cibernéticos após a decisão do STF, o que causou instabilidades momentâneas em seus sistemas. A agência ressaltou que, como organização pública de grande relevância, é frequentemente alvo de ataques, especialmente em situações que envolvem temas sensíveis. Medidas adicionais foram adotadas para fortalecer a infraestrutura de rede, assegurando a continuidade dos serviços.
O que aconteceu?
O ministro Alexandre de Moraes determinou na última sexta-feira a suspensão da rede social X, de propriedade do empresário Elon Musk, após a plataforma não cumprir a ordem de indicar um representante legal no Brasil. A decisão também estipulou uma multa de R$ 50 mil para qualquer pessoa ou empresa que utilizasse a rede no país.
Decisão
Essa não é a primeira vez que Moraes toma uma decisão de suspensão de plataformas no Brasil. Em 2023, o magistrado ordenou o bloqueio do aplicativo de mensagens Telegram, mas a decisão foi revertida após a empresa cumprir a exigência de nomear um representante legal.
Revogou
Na decisão de sexta-feira, Moraes também chegou a ordenar que as lojas virtuais da Apple e Google bloqueassem a oferta de aplicativos de VPN, usados para mascarar a origem do acesso de um usuário. No entanto, o ministro recuou e revogou essa ordem até que as partes envolvidas pudessem se manifestar sobre o assunto.