Em entrevista ao Meio Norte, o secretário de Fazenda Antônio Luiz explicou que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) está estudando qual será o instrumento legal utilizado para o cumprimento do teto do ICMS.
Assim, a Sefaz prepara uma minuta para que a PGE oriente qual o melhor caminho. “Vamos agora preparar uma parte pode ser via decreto, que tem a ver com a regulamentação do próprio convênio Confaz, com relação a redução da alíquota o ato mais apropriado pode ser uma lei, estamos preparando uma minuta para a PGE nos orientar se será melhor uma lei para essa redução”.
De acordo com o líder da pasta, as maiores reduções poderão ser percebidas na gasolina e energia elétrica. Antônio Luiz reitera, no entanto, que a queda dependerá de cada posto de combustível, de cada operação, sinalizando que o Estado não tem como disciplinar tal cálculo.
“Ela determinou após análise com a PGE, e com a Sefaz, que a Sefaz preparasse juntamente com a PGE os atos normativos necessários, que deem segurança jurídico para o cumprimento da lei 194 federal, de modo que haja redução das alíquotas em 18%, tanto para energia, quanto para combustíveis, comunicação, incluindo transporte coletivo, alguns já estão com a alíquota menor, vamos preparar os atos para que reduza, basicamente a gasolina, a energia elétrica que vão sofrer a redução maior, então todos os atos serão arrumados para que se tenha segurança jurídica, agora, se vai reduzir o posto na bomba depende de cada posto, de cada operação, de cada gestor”.
Perda na arrecadação em 2022 deve chegar a R$ 750 milhões
Em relação ao teto do ICMS, o secretário de Fazenda destacou que a perda na arrecadação ao longo deste ano pode chegar a R$ 750 milhões, subindo para R$ 1,5 bilhão em 2023. Antônio Luiz ainda sinalizou para a expectativa de que o Supremo faça uma revisão na lei. “Esse ato terá um impacto muito complicado, porque dá a ideia de mais ou menos R$ 1,5 bilhão por ano, então se olhar no termo por mês daria R$ 750 milhões nesse ano de 2022, nós esperamos que haja alguma reversão jurídica no STF”. Para este ano, o secretário pontuou que não deverá ter dificuldades no pagamento de pessoal, no cumprimento das despesas obrigatórias, agora no ano que vem o problema tende a ser maior, assim, será feita uma modificação na lei orçamentária anual (LOA) com a nova previsão.
“O Estado do Piauí tá equilibrado financeiramente, então ainda consegue andar tranquilamente por algum tempo, mas de qualquer maneira quem vai assumir o Governo ano que vem terá que pegar uma grande perda, e esse ano já, vamos ter que mudar a LOA para adequar as receitas e despesas, pois vamos terminar o ano sem o superávit como se previa", disse.