O Ministério da Saúde anunciou duas importantes inclusões em sua política de saúde pública. Primeiramente, a pasta ampliou o grupo prioritário para a vacinação contra o HPV, incluindo pacientes com papilomatose respiratória recorrente (PRR). A decisão baseia-se em estudos que evidenciam os benefícios da vacina como complemento ao tratamento, reduzindo significativamente o retorno da doença em pacientes vacinados.
A PRR é uma condição rara causada pelo HPV, caracterizada por verrugas nas vias respiratórias. Embora o tratamento cirúrgico seja comum, as recorrências são frequentes e podem ser graves, especialmente em crianças. Desde 2006, a vacina contra o HPV tem sido considerada parte do tratamento, demonstrando resultados encorajadores.
SUS - A vacina estará disponível mediante prescrição médica, com necessidade de consentimento dos pais para menores de 18 anos. Além disso, o Ministério da Saúde também anunciou uma mudança significativa na administração da vacina contra o HPV, associado a mais de 90% dos casos de câncer de colo do útero. Agora, será aplicada em dose única no Sistema Único de Saúde (SUS), direcionada a crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.
TRATAMENTO - Por outro lado, em relação ao tratamento de pacientes com HIV, o Ministério da Saúde informou a incorporação do medicamento Fostensavir trometamol (600mg) ao SUS. Esta medida é destinada a pacientes adultos que enfrentam resistência múltipla aos tratamentos convencionais contra o vírus. Embora a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) tenha aprovado a inclusão do medicamento em março, a sua disponibilidade no SUS está sujeita à publicação de uma portaria, sendo que o medicamento terá até 180 dias para estar disponível após essa publicação.