Nesta segunda-feira (24), o ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Capelli, afirmou que pretende agilizar a substituição dos servidores que ainda permanecem no órgão desde a gestão anterior.
Em entrevista após se reunir com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Capelli informou que cerca de 35% dos servidores já foram trocados desde o início do novo governo. Ele explicou que é comum haver uma mudança significativa no quadro funcional quando há a troca de governo e que a intenção é acelerar esse processo.
Capelli também mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a aceleração da renovação do GSI e que ele está realizando um levantamento de informações sobre a atuação do órgão para apresentar um relatório ao presidente. Segundo o ministro interino, Lula deve decidir quais alterações serão feitas no GSI após retornar de sua viagem oficial à Europa.
Com relação à investigação de servidores do GSI que estavam presentes no Palácio do Planalto no dia dos atos golpistas de 8 de janeiro, Capelli disse que o resultado da sindicância aberta será antecipado. Ele reforçou que o GSI é um órgão de Estado e que qualquer desvio funcional será apurado. A sindicância está programada para ser concluída até 30 de maio, mas Capelli determinou a antecipação do resultado final. Além disso, há um inquérito em andamento na Polícia Federal (PF) e no STF para apurar a conduta de todos os servidores, civis e militares, presentes no local dos atos. Ontem (23), nove servidores do GSI que apareceram nos vídeos prestaram depoimento à PF.