O Governo do Piauí, por meio de uma parceria entre a Coordenadoria de Estado de Políticas para as Mulheres do Estado do Piauí (CEPM) e a Secretaria de Segurança Pública do Estado o Piauí, lançou nessa segunda-feira, 8, no Palácio de Karnak, o laboratório de estudos sobre a violência contra a mulher “Elas Vivas Lab”.
O laboratório vai reunir e analisar os dados estatísticos da Secretaria de Segurança do Piauí, incluindo os sistemas SINESP, PPE, SISMVI e Salve Maria, junto à CEPM para que seja feito um diagnóstico sobre a violência contra a mulher e, a partir daí políticas públicas para combater a violência contra a mulher sejam melhor implementadas.
A governadora Regina Sousa disse que vamos ter dados diferenciados acerca da violência sobre a mulher. “No Brasil inteiro a gente também não tem dados consistentes. O que a gente encontrar na Segurança, na Saúde e em outros órgãos pode ser usado para unificar tudo”, afirmou a gestora.
Segurança intensifica o combate à violência contra a mulher
A Secretaria de Segurança já vem intensificando o combate à violência contra a mulher. Em 2015, implantou, na Polícia Civil, o núcleo investigativo de feminicídio. Mas com o Elas Vivas Lab, o trabalho será ainda mais específico. “Já há dados sobre isso, mas são descentralizados. E agora o observatório vai fazer um diagnóstico sobre o perfil das vítimas, territórios onde ocorrem mais crimes, as raças, etc. Para desenvolver políticas, precisamos conhecer melhor o cenário.”, afirmou Zenaide Lustosa, coordenadora da CEPM, durante a solenidade.
O “Elas Vivas Lab” será localizado na sede da Coordenadoria de Estado de Políticas para as Mulheres do Estado do Piauí (CEPM). Em até 45 dias, a CEPM editará portaria disciplinando o funcionamento do laboratório.
O laboratório também vai promover o intercâmbio com as instituições de ensino superior a fim de aprimorar políticas de enfrentamento a violência contra a mulher e servirá como mecanismo de controle da participação social.
O coordenador de Estatísticas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, delegado João Marcelo, explica que os dados sobre a violência contra a mulher já existiam por meio do Secretaria de Segurança, mas com o laboratório, a qualidade dos dados será elevada a outro patamar. “É um laboratório inter sensorial, que irá guiar a partir de agora todas as políticas de prevenção e combate ao femincídio e outras agressões à mulher”, afirmou o gestor.
A CEPM poderá ainda formar termo de cooperação técnica com outros órgãos ou instituições públicas e da sociedade civil para a coleta de dados e auxílio de políticas públicas.
O coronel Rubens Pereira, secretário de Segurança, ressaltou que dados da Secretaria explica quais as motivações que levam à violência contra a mulher, e por isso a importância de analisar os dados. Ele disse ainda que quanto mais informação, melhor, inclusive com outros entes federativos. “É importante a participação também dos municípios, com o envio de dados locais”, comentou.
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