Projeto sobre aborto é 'barbaridade', diz Alexandre Padilha

Padilha foi questionado sobre o projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio se realizado após 22 semanas de gestação.

Avalie a matéria:
Ministro Alexandre Padilha comenta sobre projeto de aborto | Lula Marques/Agência Brasil

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou nesta sexta-feira (14) que o governo não pretende alterar a legislação atual sobre o aborto no Brasil. Ele foi questionado sobre o projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio se realizado após 22 semanas de gestação. A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para a proposta nesta quarta-feira (12).

O que aconteceu

Padilha enfatizou que, ao longo de sua trajetória, o presidente Lula sempre afirmou que não faria nada para mudar a legislação vigente sobre a interrupção da gravidez, respeitando inclusive pedidos de líderes religiosos e de segmentos da sociedade. "Nós continuamos com essa mesma postura", afirmou o ministro.

Críticas

O Congresso reagiu à aprovação da urgência do projeto que trata do aborto após 22 semanas de gravidez. Padilha criticou fortemente a proposta, destacando que ela poderia resultar em penalidades mais severas para mulheres estupradas do que para os próprios agressores. "Não contem com o governo para mudar a legislação de aborto do país, ainda mais para um projeto que estabelece que uma mulher estuprada vai ter uma pena duas vezes mais do que o estuprador. Não contem com o governo para essa barbaridade", declarou Padilha. Ele acrescentou que o governo trabalhará para impedir que um projeto como esse seja votado.

Manifestação

Esta foi a primeira vez que Padilha se manifestou de forma mais enfática sobre o projeto. Na segunda-feira (10), ele havia afirmado apenas que o governo se esforçaria para que o projeto não fosse prioridade na pauta da Câmara, mas evitou comentar se apoiava ou não o mérito da proposta.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ser questionado sobre o tema na Suíça na quinta-feira (13), preferiu não se posicionar imediatamente. "Deixa eu voltar para o Brasil, tomar pé da situação, daí eu converso com você", respondeu Lula aos jornalistas.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Veja Também
Tópicos
SEÇÕES