O Tribunal de Contas do Município (TCM) revelou que o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição, é o que mais gastou com obras sem licitação nos últimos 14 anos. O montante alcança R$ 3,7 bilhões entre janeiro de 2022 e outubro de 2023, representando um aumento significativo de 294,5% em relação ao total pago nos anos anteriores.
Os contratos emergenciais, utilizados para resolver problemas antigos da cidade, são alvo de críticas, especialmente após eventos climáticos recentes, como a tempestade que atingiu São Paulo na última sexta-feira (3), deixando diversos bairros sem energia elétrica.
O aumento expressivo nos gastos teve início em 2021, quando Nunes assumiu a administração municipal. A modalidade de obras emergenciais, que não passam por licitação, é permitida em situações urgentes ou de calamidade pública.
A auditoria do TCM destaca que a prefeitura agiu com "insuficiente planejamento" em cerca de 90% das obras analisadas. O tribunal apontou superfaturamento de R$ 80 milhões em 18 obras vistoriadas pessoalmente. Além disso, mais da metade das obras descumpriu o prazo de 180 dias para conclusão, estabelecido pela legislação.
A prefeitura rebate as acusações, afirmando que as obras emergenciais são realizadas após vistorias da Defesa Civil e engenheiros da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), com parecer jurídico assinado por um procurador do município.
O prefeito Ricardo Nunes, alvo de críticas pela falta de planejamento, defendeu as ações, argumentando que mais de mil obras estão em andamento para tornar a cidade "mais moderna, urbanizada e acolhedora". Especialistas destacam que o crescimento de obras emergenciais reflete a ausência de planejamento adequado, apontando a necessidade de uma abordagem mais estratégica e participação efetiva da população.
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