O depoimento do ex-presidente Bolsonaro no inquérito que investiga a atuação do filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em ações contra autoridades brasileiras no exterior foi marcado pela Política Federal para ocorrer na próxima quinta, dia 5 de junho.
O que aconteceu
O caso envolve movimentações do parlamentar nos Estados Unidos, que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), podem configurar crimes como coação e obstrução de investigações.
PGR
Segundo a PGR, o ex-presidente deve ser ouvido porque teria sido beneficiado diretamente pelas ações de Eduardo. A Procuradoria destacou que o próprio Jair Bolsonaro admitiu publicamente ter ajudado a bancar a permanência do filho nos EUA. O apoio financeiro indicaria possível conivência ou cumplicidade com os atos praticados.
Interferência externa
O pedido da PGR menciona postagens de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais e entrevistas concedidas por ele nos Estados Unidos. O deputado teria feito pressão para que o presidente Donald Trump interferisse na política brasileira, sugerindo inclusive sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Atrapalha investigação
Além disso, a Procuradoria vê nas ações de Eduardo uma tentativa de atrapalhar as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Para os investigadores, há indícios de que o parlamentar atuou com o objetivo de enfraquecer o Estado democrático de direito, o que pode configurar os crimes de coação, obstrução de justiça e tentativa de abolição violenta do regime constitucional. (Com informações do g1)