A investigação que culminou na Operação da Polícia Federal - que deu andamento ao mandado de busca e apreeensão do celular de Jair Bolsonaro e da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, teria tido início na Controladoria-Geral da União (CGU) ainda durante a gestão do ex-presidente da República.
Na ocasião, o então ministro Wagner do Rosário teria suspeitado da inserção no sistema do Ministério da Saúde de uma falsa de dose de vacina no cartão de Bolsonaro, com o intuito de propagar a 'mentira' de que o ex-gestor havia se vacinado, segundo revelou o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Com a suspeita da inserção da dose falsa para 'prejudicar a imagem' de Bolsonaro, que sempre se demonstrou reticente à vacinação contra a Covid-19, Rosário solicitou a investigação, especialmente ao verificar que o ex-mandatário não estava no local em que supostamente teria se vacinado na data que constava no sistema.
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O ex-chefe da CGU teria acreditado que a informação da vacinação havia sido inserida por um hacker.
Nesse sentido, a CGU abriu a investigação às vésperas de Bolsonaro deixar o mandato, mais especificamente em 30 de dezembro, dia em que o então presidente embarcou para os Estados Unidos.
Com isso, o atual líder da CGU, Vinícius Carvalho, deu continuidade à apuração, contando com a colaboração da Polícia Federal. O resultado das investigações foi conhecido parcialmente hoje, culminando além nos mandados de busca e apreensão, na prisão de seis entes supostamente envolvidos, incluindo o ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, Coronel Cid.