O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou nesta terça-feira (3) um balanço da Operação Escola Segura, que teve início em abril como resposta aos ataques a escolas ocorridos em várias regiões do país. Desde o seu lançamento, a operação registrou a prisão ou apreensão de 400 pessoas, incluindo adultos e adolescentes. Os números trazem ainda 381 buscas e apreensões em domicílios; 3.404 de boletins de ocorrência;e 2.844 de casos em investigação.
A iniciativa também resultou na condução de 1.653 crianças e adolescentes, bem como suspeitos adultos, às autoridades policiais. O monitoramento das plataformas digitais levou a 917 solicitações de preservação e/ou remoção de conteúdo nas redes sociais, juntamente com 412 solicitações de dados cadastrais nesses meios. O trabalho resultou na elaboração de 3.404 boletins de ocorrência, com um total de 2.844 casos em fase de investigação.
Durante esse período, cerca de 700 propostas de municípios para implementar ações voltadas à segurança nas instituições de ensino foram recebidas em resposta ao edital Escola Segura. Dentre elas, 231 propostas foram selecionadas, com um valor estimado de R$ 210 milhões. Inicialmente, o valor destinado às propostas é de R$ 150 milhões, provenientes do Fundo Nacional de Segurança Pública.
O serviço Disque 100 está recebendo denúncias de ameaças de ataques a escolas, podendo ser feitas por WhatsApp no número (61) 99611-0100. Além disso, o Ministério da Justiça disponibiliza um canal para receber denúncias de violência escolar, o canal Escola Segura, onde as informações enviadas são mantidas sob sigilo, sem identificação do denunciante.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, reforçou a importância do canal de denúncias e a continuidade da Operação Escola Segura. Até o momento, a operação envolve a atuação integrada de 51 chefes de delegacias de investigação e 89 chefes de agências de inteligência de Segurança Pública, incluindo Polícia Civil e Polícia Militar, com o suporte do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) e delegacias de crimes cibernéticos em diversas regiões do Brasil. A Operação Escola Segura continua sem uma data determinada para encerramento.