O Ministério da Justiça identificou convocações nas redes sociais para atos em várias cidades do Brasil no dia 8 de janeiro de 2024, porém, até o momento, sem grande adesão. De acordo com o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, os achados não geram grande preocupação, mas o governo manterá o monitoramento para evitar surpresas.
A data tornou-se emblemática devido aos ataques de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) em janeiro do ano anterior. A maior preocupação concentra-se em Brasília, que sediará um evento institucional entre chefes de Poderes e governadores no Senado Federal para marcar a data.
"Há sinais detectados que estão chamando [atos], mesmo depois de toda a gravidade do que aconteceu e da consequência, com a prisão de pessoas. Ainda assim você tem indicativos abertos chamando para manifestações em todos os estados", afirmou Alencar.
O monitoramento está sendo realizado pela área de cyberlab do Ministério da Justiça. Segundo o levantamento, não há sinais de movimentos significativos que estejam arregimentando pessoas.
Policiamento reforçado
O secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar, afirmou que, embora não haja "grandes movimentos programados", já foi decidido reforçar o policiamento na região. O plano inclui "policiamento em grande número à disposição, para ser utilizado conforme a necessidade" e cuidados específicos para os eventos institucionais.
Caso necessário, a Esplanada dos Ministérios poderá ser fechada. Uma reunião realizada nesta semana, com representantes de diversos órgãos de segurança, reforçou que ainda não há movimentações que gerem alarme.
Lula está envolvido no evento de 8 de janeiro, convidando ministros do STF. Flávio Dino, ainda ministro da Justiça até a data, lidera a organização do evento, e uma nova reunião para finalizar o plano de segurança está agendada para 4 de janeiro.
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