Durante uma operação de desintrusão na Terra Indígena Apyterewa (PA), a mais desmatada do país, a Força Nacional abordou Daniel de Oliveira Araújo, réu dos ataques golpistas de 8 de janeiro em liberdade provisória. O homem, preso em flagrante no acampamento golpista em Brasília em janeiro, foi encontrado em posse de animais na Vila Renascer, uma ocupação irregular na terra indígena, utilizando tornozeleira eletrônica.
Araújo, não indígena em terra homologada, é considerado invasor e foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por incitar a animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa. Em março, o ministro Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória com medidas restritivas, incluindo o uso da tornozeleira.
A abordagem ocorreu durante uma ação para vistoriar e inutilizar áreas rurais invadidas e desocupadas. No entanto, o ministro do STF Kassio Nunes Marques suspendeu as operações na Terra Indígena Apyterewa em resposta a um pedido de associações de produtores rurais e moradores da região.
Araújo, abordado pela Força Nacional, alegou ter ficado detido por 60 dias no Complexo Penitenciário da Papuda, DF, e mencionou a participação de outras pessoas da cidade de Tucumã e São Félix do Xingu nos atos antidemocráticos.
Em agosto, Moraes suspendeu a ação contra Araújo para permitir que a PGR analise a possibilidade de um acordo de não persecução penal. A defesa afirmou que ele não pretendia aceitar o acordo, destacando sua condição de produtor rural e alegando que estava trabalhando durante a abordagem da Força Nacional.
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