O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), recém-eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara, apresentou sete projetos de lei que, até o momento, não abordam o tema central do colegiado. Conhecido por seu apoio ao bolsonarismo e defesa de pautas ideológicas, o parlamentar foi indicado pelo seu partido para liderar a comissão, suscitando preocupações entre parlamentares sobre a possível influência dessas ideias em suas atividades.
A comissão, responsável por apreciar projetos de lei sobre educação, promover debates e convidar especialistas, enfrenta receios de que discussões ideológicas possam prejudicar a análise de temas cruciais para a área. Apesar das críticas, Nikolas Ferreira expressou seu compromisso em debater assuntos importantes, como o Plano Nacional de Educação, Segurança nas Escolas, fortalecimento da Educação Básica e homeschooling, por meio de audiências públicas e criação de subcomissões.
A regulamentação da educação domiciliar (homeschooling), bandeira de grupos de direita e religiosos, já foi aprovada na Câmara em 2022 e aguarda tramitação no Senado. O deputado Bacelar (PV-BA) e Idilvan Alencar (PDT-CE) manifestaram preocupação com a indicação de Nikolas Ferreira, alegando risco de politização e partidarização das discussões na comissão.
O novo presidente da comissão também é vice-presidente de uma frente parlamentar, articulada por seu partido, que aborda a suposta doutrinação ideológica de esquerda em escolas e faculdades. Educadores, especialistas e formuladores de políticas públicas destacam que essa suposta doutrinação não representa um desafio real na educação pública, mesmo diante de casos pontuais.
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