Nesta sexta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem um encontro marcado com o ministro da Educação, Camilo Santana, em meio à controvérsia sobre a presidência da Comissão de Educação da Câmara. A escolha do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), para o cargo, levanta preocupações no Planalto sobre possíveis avanços de pautas ideológicas no Congresso. Além disso, há receios de uma nova derrota com a possível rejeição do novo Plano Nacional de Educação, a ser enviado ao Congresso até abril.
Embora o governo busque minimizar os impactos da escolha do PL para as comissões, deputados da base aliada planejam caminhos para reduzir os danos causados pela oposição. Na visão do PT, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), não agiu efetivamente para evitar a derrota do governo. No dia seguinte à sua posse na Comissão de Educação, Nikolas Ferreira já sinaliza a intenção de convocar o ministro Camilo Santana.
A decisão do PL de indicar Nikolas Ferreira para a presidência da Comissão de Educação gerou desconforto entre os deputados ligados ao governo Lula. A indicação, que inicialmente não havia sido pleiteada pelo deputado, foi vista como uma forma de "fustigar o Planalto". A sigla também escolheu outros nomes para comissões importantes, como Caroline De Toni para a Comissão de Constituição e Justiça e Alberto Fraga para a Comissão de Segurança Pública.
Depois de muita discussão, o Planalto conseguiu costurar um acordo para indicar um nome para ser vice de Nikolas, na comissão de Educação. O PL, por sua vez, deve ficar com o mesmo cargo na comissão de Saúde, a ser comandada pelo petista Dr. Fabrício (PI).
Para mais informações, acesse MeioNorte.com