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Namorado da vereadora Tatiana Medeiros pede para ser solto; entenda o caso!

Alandilson namora com a vereadora Tatiana Medeiros, que cumpre prisão domiciliar após decisão da Justiça.

Alandilson continua preso em Minas Gerais, acusado de liderar uma facção criminosa. | Foto: Reprodução
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A defesa de Alandilson Cardoso Passos, namorado da vereadora de Teresina Tatiana Medeiros (PSB), ingressou no Tribunal de Justiça do Piauí no dia 12 de junho com pedido de habeas corpus. Ele está preso preventivamente desde 14 de novembro de 2024, acusado de integrar organização criminosa e de envolvimento em lavagem de dinheiro.

Segundo os advogados, a prisão preventiva foi decretada em 13 de novembro de 2024 para vinte investigados, mas, posteriormente, quase todos obtiveram liberdade, inclusive corréus que permaneceram foragidos — entre eles Erisvaldo da Cruz Silva, apontado como líder do grupo. Atualmente, apenas Alandilson e outros dois investigados seguem presos.


PRISÃO MANTIDA APÓS MAIS DE 200 DIAS
A petição destaca que, em 5 de junho de 2025, ao reavaliar as prisões, o juízo manteve a detenção de Alandilson, que já ultrapassa duzentos dias, mas concedeu liberdade plena a Erisvaldo, foragido por mais de seis meses.

Os defensores afirmam ainda que Alandilson teria papel secundário na suposta organização criminosa e que a empresa “I K Retoques”, da qual ele é sócio, não foi utilizada para lavagem de dinheiro, além de não possuir conta bancária ativa.

Outro argumento é que os fundamentos para a prisão — como a existência de outras ações penais, uma condenação anterior por receptação e registros policiais sem inquérito — não caracterizam risco real à ordem pública, principalmente quando outros corréus, com antecedentes mais graves, já foram liberados.


TJ-PI SOLICITA ESCLARECIMENTOS
O relator, desembargador Pedro de Alcântara da Silva Macedo, determinou que a Vara de Delitos de Organização Criminosa de Teresina envie, em até cinco dias, informações completas sobre o caso, incluindo a decisão que manteve a prisão e documentos correlatos.

Após essa etapa, o processo será encaminhado ao Ministério Público Superior para parecer, antes de retornar ao relator para julgamento.


CONEXÃO COM A OPERAÇÃO ESCUDO ELEITORAL
A vereadora Tatiana Medeiros foi presa pela Polícia Federal em 3 de abril de 2025, durante a segunda fase da Operação Escudo Eleitoral. Ela responde por crimes como organização criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, peculato e falsidade ideológica.

A investigação aponta suposta ligação da parlamentar com a facção Bonde dos 40, e que a relação com Alandilson teria influenciado as eleições de 2024, com possível financiamento de campanha em troca de influência política e manipulação de eleitores por integrantes da facção.


ONG SOB SUSPEITA
Na decisão que determinou a prisão da vereadora, o 1º Juízo de Garantias da Justiça Eleitoral no Piauí também suspendeu as atividades da ONG Instituto Vamos Juntos. Há suspeita de que Tatiana teria usado a entidade para lavar recursos oriundos do crime e empregá-los no pleito municipal.


ELEIÇÃO E SITUAÇÃO ATUAL
Eleita em 6 de outubro de 2024 com 2.925 votos, pelo quociente partidário do PSB, Tatiana Medeiros está afastada do cargo e cumpre prisão domiciliar.

Além da vereadora e de Alandilson, respondem à Justiça: Bianca dos Santos Teixeira Medeiros (irmã), Bruna Raquel Lima Sousa (funcionária da ONG), Emanuelly Pinho de Melo (assessora), Lucas de Carvalho Dias Sena (cunhado), Maria Odélia de Aguiar Medeiros (mãe), Sábio de Carvalho França (funcionário da ONG) e Stênio Ferreira Santos (padrasto).

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