Em fase de conclusão com a elaboração do relatório, a CPI do Transporte Público ouviu nesta quinta-feira, 12, o ex-secretário de Finanças, Francisco Canindé, que declarou os processos de pagamento seguiram as mesmas normas de qualquer pagamento de fornecedor ou prestador de serviço.
Francisco Canindé declara que a Strans fazia os cálculos, atestava o serviço e esse atesto era conferido pelo órgão de controle independente, que é a Controladoria. Portanto, cabe a Secretaria de Finanças repassar o recurso. A avalição de qualidade, se o dinheiro é devido ou não, é tarefa do gestor do transporte.
Segundo Canindé, em 2020, Teresina atuou no combate à pandemia, fez hospital de campanha. "Não faltaram respiradores e ninguém morreu por falta de insumos para o tratamento", disse, enfatizando que o valor repassado ao transporte público em 2020, R$ 37 milhões, foi também em razão de medidas sanitárias.
Aporte financeiro
De acordo com secretário, quanto menos passageiros, maior o aporte. "Por questão sanitária de saúde, foi reduzido número de passageiros, mas os ônibus precisavam circular para conduzir funcionários de hospitais, de supermercados, de farmácias. Então, o aporte foi necessário para equilibrar o sistema", diz.
Na oitiva, o presidente da CPI do Transporte Público, vereador Dudu (PT), disse que o depoimento foi positivo, pois trouxe muitos esclarecimentos. "Vamos analisar o que foi dito aqui por ele", disse o vereador, reafirmando que o usuário é humilhado pela má prestação do serviço e declarou que o sistema não funciona desde 2015.