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Moraes retira sigilo de relatório da PF que indicia mais de 30 do caso Abin Paralela

Com mais de 1,2 mil páginas, o documento foi enviado ao STF e reúne indícios de que a estrutura da Abin foi utilizada para atender interesses políticos e pessoais de aliados do ex-presidente Bolsonaro.

Ministro Alexandre de Moraes | Foto: Rosinei Coutinho/STF
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou nesta quarta (18) o sigilo do relatório final da Polícia Federal que investiga um suposto esquema de espionagem ilegal por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O documento, que ultrapassa 1,2 mil páginas, foi encaminhado ao STF e reúne indícios de que a estrutura da Abin foi utilizada para atender interesses políticos e pessoais de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Caso

Conhecido como “Abin paralela”, o caso envolve o uso indevido de ferramentas de monitoramento com fins não institucionais. Segundo a PF, há elementos que demonstram a autoria e materialidade dos crimes, com detalhamento das condutas atribuídas a cada investigado. O relatório cita 36 pessoas que podem responder criminalmente pelos atos.

Indiciados

Entre os nomes estão o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), e o atual diretor da agência, Luiz Fernando Corrêa. Todos são apontados como peças-chave na engrenagem do esquema. A inclusão de Corrêa, que hoje chefia o órgão, mostra que os desdobramentos podem alcançar diferentes gestões da agência.

Bolsonaro tinha conhecimento

No caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, os investigadores sustentam que ele tinha conhecimento da operação e que foi diretamente beneficiado pelas ações ilegais. A PF atribui a ele possível envolvimento no crime de organização criminosa, com base nas evidências reunidas até o momento.

Complementar

A Polícia Federal informou ainda que um relatório complementar poderá ser elaborado, com base em diligências em curso e na análise de materiais repassados pela Controladoria-Geral da União (CGU). O inquérito segue em andamento no STF, sob relatoria do ministro Moraes. (Com informações do G1)

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