O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a conversão da prisão em flagrante do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em prisão preventiva. Moraes concedeu à Procuradoria-Geral da República (PGR) um prazo de 24 horas para se manifestar sobre o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa de Valdemar.
Além disso, o ministro deferiu o pedido de vista dos autos. O advogado de Valdemar, Marcelo Bessa, fez opção por não dar declarações à imprensa sobre a decisão.
O ministro sustentou as prisões preventivas de Rafael Martins de Oliveira, Marcelo Costa Câmara e Filipe Garcia, que passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira, 9, onde ficou determinado que permaneceriam detidos após verificação da legalidade das prisões.
O presidente do PL passou a noite na superintendência da Polícia Federal em Brasília e teve sua audiência de custódia realizada por videoconferência. Seu advogado deixou o local sozinho, sem prestar declarações à imprensa. A prisão de Valdemar ocorreu devido à descoberta de uma arma registrada em nome de seu filho, cujo registro estava vencido.
Durante a busca e apreensão, também foi encontrada uma pepita de ouro pesando 39,18 gramas e com 95,26% de pureza, cuja origem preliminarmente foi identificada como garimpo. O valor estimado do ouro é de cerca de R$ 12 mil. A defesa alegou que a pepita era uma relíquia mantida por Valdemar por anos.
É importante ressaltar que a superintendência da PF é um local de prisão temporária, onde o detido permanece até que sua situação seja definida quanto à soltura ou encaminhamento ao sistema prisional.
O advogado de Valdemar afirmou que não houve um fato relevante que justificasse a prisão. Por meio de nota, ele argumentou que "a pedra [de ouro] apreendida pela Polícia Federal, apresenta baixo valor comercial e não configura delito". Valdemar Costa Neto já foi condenado no processo do mensalão, recebendo uma pena de sete anos e dois meses, mas obteve perdão após cumprir três anos.