O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi alvo de denúncias de assédio sexual apresentadas à organização Me Too Brasil, que apoia vítimas de violência sexual. A organização confirmou que recebeu relatos de mulheres que acusam o ministro de assédio. Entre as vítimas estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, segundo apurou uma coluna de imprensa. No entanto, Anielle não se manifestou publicamente sobre as acusações.
Anonimato
O Me Too Brasil, ao ser questionado sobre as denúncias, esclareceu que as vítimas pediram anonimato. Quando indagado especificamente sobre o envolvimento de Anielle Franco entre as denunciantes, a organização afirmou que não poderia fornecer tal confirmação para preservar as supostas vítimas.
Foram ouvidas
A coluna ouviu 14 fontes, incluindo ministros, assessores do governo e amigos de Anielle Franco, que forneceram detalhes sobre os supostos episódios de assédio. Entre as alegações, Silvio Almeida teria tocado as pernas da ministra, dado beijos inapropriados durante cumprimentos e feito comentários de cunho sexual. Esses eventos teriam ocorrido no ano passado e são de conhecimento de vários integrantes do governo. Tanto Silvio Almeida quanto Anielle Franco foram procurados para comentar o caso, mas ambos optaram por não se pronunciar até o momento.
Me Too
O Me Too Brasil afirmou que segue rigorosamente o pedido de confidencialidade das vítimas e não compartilha informações sem consentimento. A organização emitiu uma nota oficial, na qual confirma que prestou assistência psicológica e jurídica às vítimas das supostas ações do ministro.
Comunicado
Segundo o comunicado, as vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional devido à posição de poder de Almeida, um cenário comum em casos de violência sexual envolvendo figuras influentes. A organização destacou ainda que denunciar agressores poderosos é fundamental para romper o ciclo de impunidade e pode encorajar outras vítimas a também se manifestarem.
Tratamento
A organização enfatizou que trata todas as denúncias com respeito, imparcialidade e uma abordagem sensível aos traumas, independentemente da posição do agressor, seja ele um cidadão comum ou uma figura de alto escalão, como um ministro. O espaço segue aberto para manifestações de Silvio Almeida, Anielle Franco ou outras partes envolvidas.