O Ministério da Justiça e Segurança Pública prevê uma queda de quase 6% no número de assassinatos, incluindo feminicídios, em comparação com o total registrado em 2022, conforme anunciado nesta quinta-feira (21) pelo ministro Flávio Dino, que apresentou um balanço preliminar das ações do ministério ao longo do ano, destacando uma tendência de redução de aproximadamente 5,7% nos chamados crimes violentos letais intencionais.
O ministro ressaltou que os resultados ainda não são definitivos, pois não incluem dados das últimas semanas. Mesmo assim, decidiu compartilhar parte dos resultados durante a cerimônia de entrega de mais de 700 viaturas policiais para estados.
O ministro, que assumirá o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em janeiro, informou que em 2021 foram registrados 42.721 crimes violentos letais intencionais, enquanto em 2022 foram 42.620. A projeção para este ano sugere um máximo de 40.173 casos, com 36.854 ocorrências registradas até o início de novembro.
Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), os crimes violentos letais intencionais englobam homicídios dolosos, feminicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios. Dino destacou que, mesmo que os resultados não sejam espetaculares, representam aproximadamente 2,5 mil vidas salvas.
O ministro enfatizou a redução do armamentismo irresponsável, observando que o número de armas registradas até novembro de 2023 é quase 79% inferior ao registrado em 2022, passando de 135.915 para 28.304 armas. Dino concluiu que os resultados indicam avanço na direção correta e refutam a correlação lógica entre o crescimento do número de armas e a redução de mortes violentas, contrariando algumas visões anteriores.