Michelle ironiza escândalo das joias e chama jornalistas de 'povo tapado'

Em palanque, a ex-primeira-dama aproveitou para alegar que, em breve, vai lançar sua marca própria de joias: 'Mijoias'

Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ao lado das joias sauditas | Reprodução
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Sob investigação, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) ironizou o recente escândalo envolvendo as joias sauditas e anunciou sua intenção de lançar uma marca própria de joias. Durante um evento do PL Mulher realizado no sábado passado (26), Michelle abordou o assunto, alegando que as pedras preciosas previamente recebidas pela Presidência da República foram devidamente entregues à Caixa Econômica Federal.

Durante seu discurso, a ex-primeira-dama também expressou a percepção de que a imprensa tem amplamente abordado o escândalo das joias oficiais como uma manobra para desviar a atenção da CPMI dos Atos Golpistas do 8 de janeiro. Segundo ela, a mídia comprometeu a sua "reputação".

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"Tem um povo tão atrapalhado... se fosse em Brasília, eu ia falar 'um povo tapado'. Que fica assim: 'cadê as joias, você não vai entregar?' Querida, a joia está na Caixa Econômica Federal. Mas vocês pediram tanto, falaram tanto de joias que em breve nós teremos lançamento. 'Mijoias' para vocês", provocou.

Essa declaração surge em meio a uma investigação em andamento da Polícia Federal (PF), que está analisando alegações de venda indevida de presentes obtidos durante viagens oficiais da Presidência. A investigação é centrada em militares ligados ao então presidente Jair Bolsonaro (PL), como o advogado Frederick Wassef, conhecido por ter representado a família Bolsonaro, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

Em sequência, Michelle insinuou que não se considera mais uma "mulher vulnerável" e que pretende usar a situação a seu favor. "Sabe o quê que aconteceu? Eu vou fazer uma limonada docinha desse limão. Com certeza vou", exclamou.

No dia 11 deste mês, a PF realizou uma operação relacionada à suposta tentativa de comercializar indevidamente presentes oferecidos ao governo por delegações de outros países. A operação envolveu militares ligados ao ex-presidente, como Wassef e Cid.

Na próxima quinta-feira (31/8), Bolsonaro, Michelle e outras seis pessoas relacionadas a eles estão convocadas pela PF para prestar depoimentos simultâneos.

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