MEMÓRIA: Deputado federal e candidato à Prefeitura de Teresina foi encontrado morto

Há duas décadas, Afonso Gil foi encontrado sem vida com um tiro na cabeça. A PF conduziu as investigações do caso.

Afonso Gil foi encontrado sem vida na sua residência em agosto de 2004. | Divulgação/Reprodução
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Afonso Gil, nascido em Belém do Pará, havia se destacado no Piauí por seu incansável trabalho como promotor de Justiça, função que desempenhou por mais de 20 anos. Sua carreira foi marcada pela atuação contra grupos de extermínio e pelo combate ao crime organizado. Essa atuação o transformou em alvo de ameaças e atentados, e Afonso Gil vivia com a constante desconfiança de estar sendo perseguido.

Em 2002, ele foi eleito deputado federal pelo PCdoB com uma expressiva votação de 76 mil votos, mas migrou para o PDT em 2003, onde se tornou próximo do presidente nacional do partido, Leonel Brizola. Nas pesquisas de intenção de voto para a prefeitura de Teresina, Afonso Gil despontava com índices entre 11% e 16%, consolidando-se como um nome forte na disputa eleitoral daquele ano.

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O Impacto e as Consequências Imediatas

Com a morte de Afonso Gil, o PDT se viu em uma situação delicada, precisando rapidamente escolher um substituto para a candidatura à prefeitura. O impacto político e emocional de sua morte foi profundo, especialmente entre seus correligionários e amigos, que inicialmente levantaram a hipótese de que o deputado poderia ter sido assassinado, dada sua trajetória marcada por inimigos poderosos.

A vaga deixada por Afonso Gil na Câmara dos Deputados foi ocupada pelo suplente Simplício Mário (PT-PI), figura já conhecida no Piauí por seu trabalho como coordenador do Fome Zero e presidente do Sindicato dos Bancários. Simplício Mário, que havia assumido temporariamente uma vaga na Câmara no ano anterior, retornou ao estado para continuar seu trabalho à frente do Fome Zero, após desistir de uma candidatura à Prefeitura de Piripiri.

A Conclusão das Investigações

Em novembro de 2004, três meses após a morte de Afonso Gil, a Polícia Federal concluiu o inquérito que investigava as circunstâncias de sua morte. Durante uma entrevista coletiva, o delegado Nelson Estevam confirmou que a causa da morte foi suicídio, baseando-se em 11 laudos periciais elaborados pela Polícia Federal. A conclusão foi um choque para muitos, especialmente para aqueles que acreditavam na hipótese de assassinato.

A morte de Afonso Gil marcou um capítulo triste na história política do Piauí.

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