Marina Silva quer reduzir prazos das licenças ambientais no Cerrado

Licenças ambientais na região do Matopiba estão frequentemente sendo utilizadas com propósitos especulativos de venda de terras.

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva | Antônio Cruz/Agência Brasil
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A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, trouxe à tona, nesta segunda-feira, 11, uma preocupação significativa durante a celebração do Dia Nacional do Cerrado. Ela enfatizou que as licenças ambientais na região do Matopiba, que engloba partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, estão frequentemente sendo utilizadas com propósitos especulativos de venda de terras.

A ministra observou que, no passado, essas licenças eram concedidas com prazos muito longos, chegando a três ou quatro anos, e não eram utilizadas imediatamente para atividades produtivas, mas sim para aumentar o valor das propriedades através da especulação. Para abordar essa questão, o Ministério do Meio Ambiente está avaliando a possibilidade de reduzir os prazos das licenças ambientais na região.

Marina Silva também ressaltou a importância de evitar a conversão do Cerrado para outras atividades que resultem em desmatamento, enfatizando a necessidade de preservação e uso sustentável desse bioma. Ela mencionou que o governo tem trabalhado para reduzir o desmatamento no Cerrado, que aumentou no início do ano, mas teve uma estabilização nos meses de julho e agosto, graças a medidas tomadas em colaboração com os estados e secretarias de meio ambiente.

Aumento de produtividade sem exploração de novas áreas

A ministra enfatizou a importância de aumentar a produtividade do agronegócio no Cerrado sem a necessidade de explorar novas áreas, utilizando tecnologias existentes para expandir a produção.

Além disso, como parte das comemorações do Dia Nacional do Cerrado, o Ministério do Meio Ambiente planeja lançar uma consulta pública do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado, conhecido como PP Cerrado. O objetivo é ampliar a conscientização sobre a preservação desse bioma, que cobre cerca de 25% do território nacional e é essencial para a conservação da biodiversidade e a regulação hídrica no Brasil.

A ministra também participou da assinatura do novo Plano de Manejo do Parque Nacional de Brasília, que permitirá o desenvolvimento de atividades de educação ambiental e turismo ecológico na área, promovendo a conexão da população com a natureza e a conservação do Cerrado.

Além disso, durante o evento, o Instituto Semeia lançou uma cartilha explicativa sobre parques naturais e parcerias com a sociedade, esclarecendo dúvidas sobre a gestão desses espaços e a importância de conservá-los. A iniciativa visa facilitar o entendimento da sociedade e dos gestores públicos sobre questões relacionadas aos parques naturais, incluindo concessões privadas dessas áreas. (Com informações da Agência Brasil)

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