O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (11) que o presidente Lula solicitou a inclusão de mais um ministério nas medidas de corte de gastos que o governo está preparando para alcançar as metas fiscais dos próximos anos. O pedido foi feito após uma série de reuniões com diversos ministérios, como Saúde, Educação e Previdência Social, que já discutiram com a área econômica as metas de contenção de despesas.
Pastas
De acordo com Haddad, as discussões com a maioria dos ministérios já foram concluídas. Entre as pastas que participaram das reuniões estão as de Trabalho, Previdência, Desenvolvimento Social, Saúde e Educação. No entanto, ele não quis adiantar qual novo ministério foi indicado por Lula para entrar no esforço de corte de gastos, afirmando que a decisão final será conhecida até quarta-feira (13).
Presentes
Além dos ministérios da área econômica, como Fazenda, Planejamento e Orçamento e Gestão e Inovação em Serviços Públicos, também estiveram presentes nas conversas representantes de pastas do núcleo central do governo, como a Casa Civil, a Secretaria de Comunicação Social e a Advocacia-Geral da União. No entanto, ministérios com orçamentos maiores, como Agricultura, Defesa e Relações Exteriores, ainda não participaram das discussões.
Equipe econômica
Nesta terça, está prevista uma reunião entre Lula e a equipe econômica para discutir a melhor estratégia para encaminhar o conjunto de medidas ao Congresso. Entre as possibilidades, o governo considera enviar o pacote em um único projeto ou dividi-lo em textos separados. Há ainda a possibilidade de que parte das medidas seja enviada por medida provisória, agilizando o processo.
Apresentação
Na última semana, Haddad já havia indicado que algumas das propostas exigirão uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Além disso, o governo pretende apresentar o pacote aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antes de divulgá-lo publicamente, embora essa reunião ainda não tenha sido marcada.
Arcabouço
Haddad ressaltou que o objetivo das medidas é fortalecer o arcabouço fiscal do país, consolidando uma transição de um regime de alto déficit e baixo crescimento para um cenário de equilíbrio fiscal e crescimento sustentável. "Queremos trazer para dentro do arcabouço fiscal tudo o que não está se comportando conforme esperado, para alcançar essa mudança", afirmou o ministro.