O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), decidiu antecipar seu retorno ao Brasil para esta quarta-feira, 19 de setembro. Ele havia desembarcado em Nova York, nos Estados Unidos, em 16 de setembro para participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante sua estadia, ele tem previstos encontros com os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e dos EUA, Joe Biden.
De acordo com fontes próximas, o presidente teria manifestado desconforto e fadiga devido à intensa agenda internacional. No entanto, a Secretaria de Comunicação do Palácio afirmou que a antecipação não está relacionada à saúde do presidente.
A previsão inicial era que Lula retornasse apenas em 21 de setembro, mas a viagem de volta foi reagendada para a noite de quarta-feira, 20 de setembro. O presidente, com 77 anos de idade, está agendado para uma cirurgia em 29 de setembro para tratar de uma dor crônica na cabeça do fêmur, que será realizada no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília.
Lula já havia mencionado que a cirurgia foi recomendada no ano anterior, mas ele optou por adiar devido à campanha eleitoral. Ele descreveu a persistência da dor e sua necessidade de intervenção cirúrgica, afirmando que deseja cuidar de sua saúde para continuar suas atividades pelo Brasil. Ele disse que sente dores durante o dia, à noite, em pé, sentado e deitado.
"Quando eu retornar em setembro da minha última viagem, vou dedicar atenção à minha saúde, pois ainda quero percorrer muito o Brasil, visitar muitos lugares. Há muito a ser feito", disse ele no início do mês.
Anteriormente, Lula discursou na abertura da ONU, defendendo que a Agenda 2030 voltada para o desenvolvimento corre o risco de falhar. Ele destacou também que o conflito na Ucrânia evidencia a incapacidade dos países membros da ONU de alcançar a paz.