O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acionou a Polícia Legislativa contra o influenciador digital Felipe Neto após o youtuber ter se referido ao parlamentar como "excrementíssimo" durante sua participação remota no simpósio "Regulação de Plataformas Digitais e a urgência de uma agenda" na Casa Legislativa, na última terça-feira (23). O termo faz alusão pejorativa ao pronome de tratamento "excelentíssimo" e resultou na autuação de Neto por crime de injúria qualificada.
PRISÃO OU MULTA: O crime de injúria prevê pena de prisão de um a seis meses ou multa. No caso de crime contra um funcionário público em razão de suas funções ou contra os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal, a punição é aumentada em um terço. Em nota, Lira afirma que a Procuradoria Parlamentar da Câmara acionará judicialmente Neto junto à Justiça Federal.
INTENÇÃO DE NETO: Em postagem no X (antigo Twitter), Neto afirmou que sua intenção ao usar o termo foi fazer uma piada com a palavra "excelentíssimo", uma opinião satírica e jocosa, sem intenção de ofender a honra de Lira. Ele defendeu a necessidade de comunicação com a população para debater a regulamentação das redes sociais.
ELEITOR POLITICAMENTE ATIVO: Felipe Neto, que possui mais de 45 milhões de inscritos no YouTube, apoiou o presidente Lula (PT) nas eleições de 2022 e tem participado ativamente de debates públicos, incluindo embates com o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL). Desde que Lula assumiu o governo, Neto já defendeu e criticou o governo em questões pontuais como a guerra de Israel e o combate às fake news.
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