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Lewandowski entrega PEC da Segurança para Hugo Motta, que garantiu prioridade

Assim que recebeu o documento em sua residência oficial, Motta disse, via redes sociais, que dará prioridade à matéria na Câmara.

Ministros entregam PEC da Segurança Pública para Hugo Motta | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, entregaram nesta terça (8), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública para o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (União Brasil). 

Prioridade

O texto foi atualizado para a inclusão de sugestões dos governadores. Assim que recebeu o documento em sua residência oficial, Motta disse, via redes sociais, que dará prioridade à matéria na Câmara.

Declaração

“Segurança pública é um tema que nos une. Há pouco, eu e os líderes da Câmara recebemos a PEC da Segurança Pública pelas mãos do ministro Ricardo Lewandowski e da ministra Gleisi Hoffmann. Daremos total prioridade para a discussão deste texto. Vamos analisar e propor as mudanças necessárias o quanto antes. O Brasil tem pressa para avançar com esta pauta”, disse.

Principais pontos

Entre os principais pontos figura o que poderá dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública, criado em 2018 por lei ordinária. Segundo o governo, a ideia é, com as novas medidas, “estabelecer diretrizes para fortalecer o Estado no combate ao crime organizado”.

Critério

Será necessário padronizar protocolos, informações e dados estatísticos – algo difícil de ser feito em um contexto em que, com 27 unidades federativas, tem-se 27 certidões de antecedentes criminais distintas, 27 possibilidades de boletins de ocorrências e 27 formatos de mandados de prisão.

PF e PRF

A proposta atualiza as competências da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No caso da PF, garante a atuação no combate a crimes ambientais, bem como contra práticas cometidas por organizações criminosas e milícias privadas que tenham repercussão interestadual ou internacional e exijam repressão uniforme.

Polícia ostensiva

A função de polícia ostensiva cabe às polícias militares dos estados e do Distrito Federal. “A partir da PEC da Segurança Pública, essa atribuição será estendida à PRF, que passará a fazer o policiamento ostensivo em rodovias, ferrovias e hidrovias federais. A sugestão é que ela passe a ser chamada de Polícia Viária Federal”, explicou o governo.

Polícias estaduais 

De acordo com o governo, o novo texto não prevê ingerência nos comandos das polícias estaduais; tampouco modificará a atual competência dos estados e municípios na gestão da segurança pública. 

Fundos e guardas municipais

A PEC prevê a constitucionalização dos fundos nacionais de segurança pública e política penitenciária; e define as atribuições das guardas municipais, incluindo-as entre os órgãos de segurança pública que poderão atuar na segurança urbana, em ações de policiamento ostensivo e comunitário, além de fazer prisões em flagrante – desde que não se sobreponham às atribuições das polícias civil e militar.

Sociedade civil no Conselho de Segurança

A inclusão de representantes da sociedade civil na composição do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social é previsto na PEC, que terá representantes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. O texto prevê a criação de corregedorias e ouvidorias dotadas de autonomia funcional para apurar a responsabilidade funcional dos profissionais de segurança pública e defesa social. (Da Agência Brasil)

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