O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira que o governo não adotará o horário de verão em 2024. A decisão foi tomada após a apresentação de novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em reunião com integrantes do governo.
"Nós hoje na última reunião com ONS e hoje numa reunião presencial chegamos a conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para esse período, esse verão, temos a segurança energética assegurada", disse.
POSSIBILIDADE FOI COGITADA
A possibilidade de retomada do horário de verão neste ano foi cogitada pelo ministro de Minas e Energia devido à seca. No entanto, o tema perdeu força com o início do período chuvoso e a pressão de setores como as companhias aéreas, que teriam de reorganizar suas rotas, já que as passagens foram vendidas sem considerar a mudança no horário.
DEPENDIA DE RECOMENDAÇÃO DA ONS
No governo, a volta do horário de verão em 2024 dependeria de uma recomendação do ONS, caso a medida fosse considerada essencial. De qualquer forma, a decisão não seria tomada antes do segundo turno das eleições, em 27 de outubro. Enquanto parte da indústria temia aumento de custos, setores como turismo, bares e restaurantes apoiavam o retorno do horário de verão.
ARGUMENTO DO MINISTRO
O ministro Alexandre Silveira argumentou que o horário de verão poderia ajudar o sistema durante a seca, somando-se ao calor e ao aumento do consumo nos picos da tarde. Como alternativa, a pasta solicitou ao ONS estudos para compensar a economia estimada em R$ 400 milhões com o horário diferenciado, que não é adotado no Brasil desde 2019.