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Governo Federal envia ao Congresso projeto para elevar pena por furto de celular

Texto cria o furto qualificado, com pena dobrada, para quem praticar esse crime no contexto de uma quadrilha especializada em vender telefones.

Governo Federal envia ao Congresso projeto para elevar pena por furto de celular | Foto: Divulgação/Polícia Civil
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O governo federal encaminha nesta quarta-feira (25) ao Congresso Nacional um projeto de lei que prevê o aumento das penas para quem furta celulares e para os receptadores — aqueles que adquirem os aparelhos roubados ou furtados para revenda.

O texto foi elaborado pelo Ministério da Justiça e estava sob análise da Casa Civil desde o fim de março. A decisão de enviá-lo ao Legislativo foi tomada na terça-feira (24), durante uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus assessores jurídicos.

O que diz o texto

O projeto propõe a criação de uma nova hipótese de furto qualificado, aplicada quando o crime for cometido em benefício de terceiros — como um mandante — mediante pagamento ou como parte de uma atividade comercial, como furtar para revender.

Atualmente, o furto qualificado prevê pena de 2 a 8 anos de prisão, enquanto o furto simples, com pena de 1 a 4 anos, geralmente não resulta em prisão. Também será incluída uma nova forma de receptação qualificada, com aumento de pena entre 33% e 50% quando o objeto for um celular destinado à revenda.

Com a mudança, a pena pode chegar a até 12 anos de prisão — acima do limite atual, que é de 8 anos.

A proposta do governo não altera as penas para roubo de celular. Atualmente, o crime de roubo prevê pena de 4 a 10 anos de prisão, podendo ser aumentada em até dois terços (66%) em casos específicos, como quando há uso de arma de fogo. Por isso, as penas para roubo já são consideradas elevadas e permanecem inalteradas no projeto.

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