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Governo estuda retaliação pontual após tarifaço dos Estados Unidos

A chamada Lei de Reciprocidade, aprovada pelo Congresso neste ano e regulamentada em julho, é o instrumento que embasa as possíveis ações

Ministro Fernando Haddad | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O Palácio do Planalto pretende abrir, nas próximas semanas, o debate sobre medidas de reciprocidade contra os Estados Unidos, logo após lançar um plano de ajuda econômica para compensar os efeitos da tarifa de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros. Segundo apuração do blog de Ana Flor, do G1, a discussão, porém, divide setores empresariais, que temem encarecimento de importados e possíveis prejuízos em outras áreas da economia.

O que aconteceu

A chamada Lei de Reciprocidade, aprovada pelo Congresso neste ano e regulamentada em julho, é o instrumento que embasa as possíveis ações. Integrantes do governo afirmam que a ordem do presidente Lula é avaliar respostas pontuais, sem adotar bloqueios amplos que possam fechar canais de negociação com Washington.

Alternativas

De acordo com fontes ligadas aos ministérios das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e da Fazenda, Lula quer analisar alternativas específicas nos setores de óleo e gás, farmacêutico e agrícola. Entre as hipóteses discutidas, está a suspensão temporária de direitos de propriedade intelectual, o que poderia incluir a quebra de patentes de medicamentos e defensivos agrícolas.

Quebra de patentes

Apesar das especulações, o ministro da Saúde afirmou, em evento da Febraban na semana passada, que não há determinação presidencial para avançar com a quebra de patentes de remédios. A medida é considerada sensível e pode gerar forte reação de empresas multinacionais.

Tensão

A movimentação do governo ocorre em meio a um cenário de tensão comercial crescente com os Estados Unidos, após meses de aumento de tarifas sobre produtos brasileiros. A estratégia busca equilibrar a pressão por uma resposta firme sem comprometer a retomada das negociações bilaterais. (Com informações do g1)

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