O governo brasileiro está retirando seu corpo diplomático da embaixada em Damasco, na Síria. A decisão, tomada pelo Palácio do Planalto, visa proteger os servidores em meio à crescente tensão no país do Oriente Médio, após a queda do ditador Bashar al-Assad, segundo informações do blog de Daniela Lima, no g1.
Embora tecnicamente a embaixada brasileira permaneça aberta, o governo avalia que não há condições de garantir a segurança do prédio e de seus funcionários. O resgate, realizado em coordenação com países europeus e com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), está em andamento. O plano inclui transportar os funcionários para o Líbano.
A decisão foi tomada após relatos de incidentes envolvendo algumas embaixadas em Damasco, incluindo as de Cuba e Itália, no último fim de semana.
TENSÃO NA SÍRIA
A elite diplomática do governo acredita que a situação na Síria tende a piorar. Com a queda de Bashar al-Assad, que, apesar de brutal, era um mínimo referencial de governo, existe o risco de anomia, com grupos extremistas lutando pelo controle regional.
Além disso, o aumento das ações militares de Israel, que começou após a queda de Assad, pode intensificar a tensão, especialmente em uma área síria ocupada por Israel. Alguns acreditam que Netanyahu possa tentar anexar o território com o apoio do futuro presidente dos EUA, Donald Trump.