O depoimento do ex-comandante do Exército, Freire Gomes, à Polícia Federal (PF) revelou detalhes alarmantes sobre possíveis tentativas de golpe envolvendo Jair Bolsonaro (PL). Segundo Gomes, Bolsonaro apresentou hipóteses para dar um golpe de Estado em uma reunião com comandantes das Forças Armadas, discutindo a possibilidade de usar institutos jurídicos como GLO, Estado de Defesa ou Estado de Sítio em relação ao resultado das eleições.
Em uma reunião no Palácio da Alvorada, Bolsonaro apresentou uma minuta de decreto golpista que incluía a "Decretação do Estado de Defesa" e a criação da "Comissão de Regularidade Eleitoral", para apurar a conformidade e legalidade do processo eleitoral. Gomes declarou que, apesar de não assinar nenhum documento, Bolsonaro informou aos presentes que o mesmo estava em estudo.
Além disso, o depoimento de Gomes implicou diretamente o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmando que discutiram abertamente a minuta golpista. Gomes insistiu que deixou claro seu posicionamento contra o golpe, alertando Bolsonaro sobre possíveis consequências legais.
A situação também é considerada grave para o ex-comandante e ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e para o ex-ministro e candidato a vice de Bolsonaro, Walter Braga Netto. Enquanto Gomes apresenta seu depoimento detalhado, evidenciando resistência ao golpe, a defesa de Braga Netto considera o depoimento positivo para o general, embora ele seja mencionado em conversas de militares sobre ameaças e insultos contra Gomes.
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