Depois de aproximadamente três semanas de 'alívio' nos requerimentos de convocação destinados ao ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino (PSB-MA) voltará à cena no Congresso Nacional, ao menos é o que está sendo sinalizado com a apresentação de dois pedidos para que o gestor compareça na Câmara Federal. Um deles é de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) para que ele seja ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra).
O mais recente, porém, foi protocolado na quarta-feira, 15 de junho, pelo deputado bolsonarista Marcos Pollon (PL-MS), em que solicita a convocação do ministro para prestar esclarecimentos sobre a nova regulamentação de controle de armas.
Alinhado ao discurso da extrema-direita, o parlamentar tece críticas às mudanças promovidas pela gestão federal no que se refere a política de armas. Caso o pedido de comparecimento seja aprovado, Dino será questionado sobre a matéria, que é 'cara' aos políticos bolsonaristas.
"Cumprindo o maior de seus compromissos de campanha, o atual Governo Federal iniciou a destruição das políticas desenvolvidas ao longo dos últimos 4 (quatro) anos na área da segurança pública. Encontra-se em finalizado, no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Grupo de Trabalho que está responsável pela elaboração das novas instruções normativas relativas à posse e porte de armas de fogo, de uso permitido e restrito, com base no Decreto nº 11.366, de 2023, há mais de dois meses, além da promessa da publicação do novo decreto regulamentador para a primeira quinzena de maio de 2023", destacou o deputado.
Pollon acredita que a convocação do Ministro da Justiça e Segurança Pública é uma medida fundamental para aprimorar a atuação do Estado na área de segurança pública e garantir o pleno exercício das prerrogativas constitucionais da Casa Legislativa.
Na sua última participação em Comissões no Congresso, Dino fez confrontos épicos com os senadores Sérgio Moro (União-PR) e Marcos Do Val (Podemos-ES), os parlamentares viraram alvo de deboches e chacota nas redes sociais, especialmente com a viralização de trechos em que o ministro da gestão Lula os rebatia. A popularidade adquirida pelo ex-governador do Maranhão com o bom desempenho nas discussões na Câmara e Senado teria incomodado não apenas os bolsonaristas, como também figuras políticas ligadas ao presidente Lula (PT).