CE abre processo desciplinar contra senador flagrado com dinheiro na cueca

Além dele, quatro senadores serão investigados; outros seis tiveram suas denúncias arquivadas

Processos disciplinares abertos já possuem reladores definidos | Adriano Machado/Reuters
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Nesta quarta-feira (14), o Conselho de Ética do Senado abriu processo disciplinar contra o senador Chico Rodrigues (PSB-RR), que, durante uma operação da Polícia Federal em 2020, foi pego com maços de dinheiro escondidos na cueca.

O requerimento de abertura de ação foi protocolado pelos partidos Rede Sustentabilidade e Cidadania no mesmo ano do flagrante. As siglas pedem que o parlamentar tenha seu mandato cassado em decorrência do crime. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi o sorteado para assumir a relatoria do caso.

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Desde a descoberta, Chico Rodrigues tem contestado as acusações de irregularidades apontadas e dito que sua conduta, no dia da operação de busca da PF, foi guiada 'pelo pânico e pelo medo'.

A decisão de abertura do processo não está relacionada à acusação em si. Segundo o presidente do conselho, Jayme Campos (União Brasil-MT), a decisão indica a conclusão de que os pedidos cumpriram as condições regulamentares para serem discutidas.

Na mesma plenária, o Conselho de Ética decidiu abrir ações contra outros quatro senadores. Outros seis parlamentares tiveram seus casos paralisados.

Processos abertos

Styvenson Valentim (Podemos-RN)

O senador se tornou alvo de ação disciplinar no Conselho de Ética protocolado pela ex-deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP). A ex-parlamentar acusa Valentim de satirizar os incidentes que ela sofreu em 2012.

À época, a parlamentar afirmou ter acordado com marcas de sangue no piso de sua residência. Ela sofreu um acidente doméstico que a deixou com fraturas no rosto e na costela.

Na transmissão, Valentim disse: "Aquilo ali, das duas uma. Ou duas de quinhentos ou uma carreira muito grande. Aí ficou doida e pronto… saiu batendo em casa”.

O senador Dr. Hiran (PP-RR) foi sorteado para ocupar a relatora do processo.

Jorge Kajuru (PSB-GO)

O senador teve as duas acusações aceitas pela comissão:

  1. Acusado de divulgar, em 2021, uma gravação feita com o então presidente Bolsonaro, com diálogos acerca de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu a instalação da CPI da Covid-19.
  2. Denunciado, também, de divulgar informações inverídicas sobre senadores do estado de Goiás.

O senador Otto Alencar (PSD-BA) que será o relator do caso.

Cid Gomes (PDT-CE)

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que apresentou denúncia contra o senador por ofender a "honra de outro parlamentar" em 2019, e o conselho deu seu consentimento para a abertura do processo disciplinar.

O congressista afirma que o senador o comparou ao ex-deputado federal Eduardo Cunha. Ele também alegou que Cid Gomes o acusou de ser uma pessoa com prática "toda voltada para chantagem".

Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) quem assumirá a relatoria do processo.

Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP)

O pedido foi protocolado pelo então deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado por crimes de ameaça ao Estado Democrático de Democrático de Direito.

Silveira denuncia o senador por tentar contra a "instituição Presidência da República e diretamente ao Estado Democrático e de Direito", usando as entrevistas dadas por Randolfe durante a CPI da Covid-19 no Senado, em 2021.

Nas falas, o senador alega que o então presidente Bolsonaro é "ladrão de vacina" e de "dinheiro do povo", além de instigar mobilizações contra o chefe do Executivo.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) será o relator da denúncia.

Senadores com denúncias arquivadas

Na mesma reunião, os parlamentares decidiram arquivar as acusações contra:

  1. Davi Alcolumbre
  2. Jayme Campos
  3. Flavio Bolsonaro
  4. Humberto Costa (PT-PE)
  5. Paulo Rocha, ex-senador
  6. Damares Alves (Republicanos-DF)
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