Em entrevista concedida ao programa Roda Viva, da TV Cultura, realizado na última segunda-feira (22), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que, caso venha ser convocado a prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) irá "com muita tranquilidade", uma vez que defende o direito de propriedade privada para todos.
"É papel do Estado fazer a Reforma Agrária, mas dentro da Lei", declarou no programa.
Quando questionado acerca da relatoria da CPI dada ao ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, Ricardo Salles (PL-SP), Fávaro disse esperar que o parlamentar "cumpra seu papel às regras, respeitando o agronegócio brasileiro, as opiniões diferentes e não faça da CPI um palanque político".
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Ao tratar sobre a ocupação das sedes da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa) pelo MST, o ministro assegurou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é "do diálogo" com trabalhadores e que o movimento não precisará executar ações como essa para chamar atenção política.
“Não faz sentido chamar atenção num governo que está aberto a dialogar. Eu preciso entender até onde querem chamar atenção. O governo é favorável à reforma agrária e a atender a reivindicação de homens e mulheres que têm vocação para ter uma terra para produzir alimentos. Não precisa desse extremo”, observou.
Além disso, Fávaro disse que as manifestações são legítimas, mas não compreende a razão motivadora das invasões nas terras da Embrapa.