O Exército desencadeou uma investigação interna que envolveu 46 oficiais por suposta transgressão disciplinar. De acordo com informações reveladas, os suspeitos estariam ligados a uma carta datada de 2022, na qual pressionavam o então comandante do Exército, general Freire Gomes, a endossar um golpe de Estado. Apesar da confirmação dos processos de apuração internos, as identidades dos militares envolvidos e as punições disciplinares correspondentes não foram divulgadas, a fim de preservar a hierarquia, disciplina e privacidade, conforme declarou o Exército.
O documento em questão, intitulado "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro", foi enviado ao celular do coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL). Nele, trechos enfatizavam a noção de que os militares não abandonariam a nação, criticando covardia, injustiça e fraqueza. Acredita-se que o documento tenha originado de uma reunião realizada em novembro de 2022, em um salão de festas na Asa Norte, em Brasília.
O ex-comandante do Exército, Freire Gomes, durante um depoimento à Polícia Federal em março deste ano, confirmou a existência de encontros com Bolsonaro para discutir minutas golpistas, em resposta à vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Freire Gomes, Bolsonaro tinha um documento pronto para decretar Estado de Defesa e estabelecer uma comissão de regularidade eleitoral, visando apurar a legalidade do processo de votação. A força armada reiterou seu compromisso institucional com a legalidade e afirmou que continuará apurando o caso para manter os mais elevados padrões de hierarquia e disciplina.
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