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EUA criticam ministro Alexandre de Moraes e alertam empresas sobre riscos comerciais

O texto acrescenta que cidadãos americanos estão proibidos de manter qualquer relação comercial com Moraes,

EUA criticam ministro Alexandre de Moraes | Foto: Rosinei Coutinho
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A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil afirmou nesta segunda-feira que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), representa risco para empresas e indivíduos que desejem fazer negócios com os EUA.

"Alexandre de Moraes é tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados", publicou a embaixada em rede social, republicando conteúdo do Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, equivalente ao Ministério das Relações Exteriores brasileiro.

O texto acrescenta que cidadãos americanos estão proibidos de manter qualquer relação comercial com Moraes, e que cidadãos de outros países devem agir com cautela, pois apoiar materialmente violadores de direitos humanos pode levar a sanções.

Contexto político e ataques de Trump

Moraes se tornou alvo do governo Donald Trump por ser relator do processo no STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que responde por crimes como tentativa de golpe de Estado e violação do estado democrático de direito.

Após mobilização de apoiadores de Bolsonaro nos EUA, que culminou na abertura de um inquérito no STF contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Trump enviou uma carta a Jair Bolsonaro pedindo o encerramento do processo contra ele.

Em outra correspondência, direcionada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Trump anunciou tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e chamou Bolsonaro de alvo de “caça às bruxas”.

Reações e medidas no Brasil

Nesta segunda-feira, sem citar a Lei Magnitsky, o ministro do STF Flávio Dino determinou a proibição de restrições decorrentes de atos unilaterais estrangeiros por parte de empresas ou órgãos que atuam no Brasil.

A decisão foi tomada no contexto de ação movida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) contra ações judiciais de municípios brasileiros na Inglaterra e abrange leis estrangeiras, atos administrativos, ordens executivas e diplomas similares.

Investigação comercial dos EUA

Paralelamente aos ataques a Moraes, o Brasil enfrenta uma investigação comercial aberta pelos Estados Unidos.

O Ministério das Relações Exteriores informou que enviará nesta segunda-feira (18) a resposta oficial à administração de Donald Trump, por meio da Embaixada brasileira em Washington.

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