O acordo sobre a reforma do ensino médio foi finalmente alcançado hoje, representando um meio-termo entre as propostas do governo federal e do relator do projeto, deputado Mendonça Filho, do União-PE.
O QUE ACONTECEU: O processo de negociação foi tenso, com confrontos entre o Ministro da Educação, Camilo Santana, e o relator do projeto, Mendonça Filho. Na segunda-feira à noite, uma reunião entre os dois resultou em gritos e até mesmo um soco na mesa, atribuído ao ministro por Mendonça Filho. No entanto, após o incidente, os ânimos se acalmaram e ambos os lados pediram desculpas, continuando a discussão na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Apesar das tensões, o acordo foi finalmente alcançado na Câmara dos Deputados. Nos bastidores, há críticas à postura considerada intransigente tanto do Ministro da Educação quanto do deputado Mendonça Filho. Deputados da base do governo também expressaram preocupação com a falta de envolvimento do ministro na defesa da proposta ao longo das discussões. A expectativa agora é de que o projeto seja votado ainda esta semana na Câmara dos Deputados e, em seguida, siga para o Senado para apreciação.
📚 COMO VAI FUNCIONAR: Segundo o acordo, os estudantes terão a opção de escolher entre uma carga horária com mais disciplinas tradicionais ou um curso técnico. A carga horária total do ensino médio permanecerá em 3.000 horas, mas a distribuição mudará dependendo da escolha do aluno.
📚 OPÇÕES PARA ALUNOS: Para os alunos que optarem pelo ensino médio tradicional, serão destinadas 2.400 horas para disciplinas tradicionais, como português, matemática, história, física, química, biologia e geografia, e 600 horas para disciplinas optativas.
📚 - Já para os estudantes que escolherem o ensino médio com curso técnico, haverá um mínimo de 1.800 horas para matérias tradicionais, com o restante das horas destinadas ao curso técnico escolhido.