O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou, nesta segunda-feira, 15, o atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificando-o como grave empobrecimento da democracia. Lula fez essas declarações ao chegar para sua agenda de trabalho no Palácio do Itamaraty, em Brasília, enfatizando a necessidade de repudiar qualquer forma de manifestação antidemocrática, seja de direita ou de esquerda.
De acordo com Lula, ninguém tem o direito de atirar em outra pessoa simplesmente por discordar dela politicamente.
O que aconteceu
No último sábado (13), Trump foi retirado do palco por seguranças durante um comício em Butler, Pensilvânia, após o som de tiros ser ouvido. Ele concorre novamente à presidência dos EUA em uma acirrada disputa contra o atual mandatário, Joe Biden. Trump foi visto abaixando-se e depois levantando-se com sangue na orelha e no rosto.
Democracia perde
Ao ser questionado se o ataque poderia fortalecer a extrema-direita nos EUA e no mundo, Lula respondeu que "certamente a democracia sai perdendo".
“Os valores do diálogo, os valores do argumento, os valores de sentar em forma de uma mesa, da forma mais diplomática, para encontrar soluções para os problemas vão indo pelo ralo. Se tudo vai se encontrar na base da bordoada, na base da violência, na base do murro, na base da luta, na base do tiro, na base da faca, onde é que vai a democracia? Eu, como sou defensor da democracia, eu acho que nós temos que condenar”, acrescentou o presidente.
Ato irresponsável
No sábado, Lula já havia se manifestado sobre o incidente, chamando-o de "ato inaceitável". Líderes mundiais também expressaram espanto, condenando a violência política e desejando a rápida recuperação de Trump.
Ato grave
Além do ex-presidente Trump ter sido ferido, um apoiador foi morto e dois outros ficaram feridos antes que o suspeito de 20 anos fosse morto a tiros por agentes do Serviço Secreto. O motivo do ataque ainda não foi esclarecido. O presidente Joe Biden condenou o ataque contra seu adversário político, pedindo união entre os cidadãos e ordenando uma revisão na segurança dos comícios. (Com informações da Agência Brasil)