Em São Paulo, PT aprova refiliação de Marta para ser vice de Boulos

No último sábado, Marta se reuniu com Guilherme Boulos para oficializar a aliança nas eleições municipais deste ano.

Marta Suplicy | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Executiva do Diretório Municipal do PT em São Paulo resolveu, nesta terça-feira, aceitar o pedido de refiliação de Marta Suplicy à sigla. A decisão ocorreu com 12 votos a favor, um contra, uma abstenção e uma ausência, após uma reunião de aproximadamente três horas na sede do Diretório Municipal, no centro da capital paulista.

Além de acolher o retorno de Marta ao partido, a Executiva determinou que não será realizada prévia eleitoral para a escolha do candidato a vice na chapa liderada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) para a Prefeitura de São Paulo. Dessa forma, Marta retorna ao PT como vice de Boulos nas eleições municipais.

A filiação de Marta ainda precisa ser formalizada, seguindo o procedimento estabelecido pelo estatuto do PT. O próximo passo será a apresentação do formulário de filiação ao Diretório Municipal, que será tornada pública conforme a obrigação estatutária. Após a divulgação do pedido, abre-se um prazo de sete dias úteis para contestações por parte de outros filiados, garantindo igual período para defesa. Embora exista a possibilidade de recurso para o Diretório Estadual em casos não resolvidos em nível municipal, dirigentes petistas minimizam essa perspectiva.

A decisão de refiliação foi tomada após Marta Suplicy romper com o PT em 2015, ao votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff. No último sábado, Marta se reuniu com Guilherme Boulos para oficializar a aliança nas eleições municipais deste ano. A escolha de Marta como vice na chapa psolista foi aprovada visando fortalecer a presença do partido nas periferias, onde a ex-prefeita é lembrada por um "legado social" de sua gestão nos primeiros anos dos anos 2000, marcada pela criação de Centros Educacionais Unificados (CEUs), corredores exclusivos para ônibus e a implementação de Bilhete Único. Contudo, sua gestão também recebe críticas pela criação de impostos.

Internamente, no PT, há uma ala minoritária crítica ao retorno de Marta, argumentando que ela já traiu o partido ao votar a favor do impeachment de Dilma. O deputado estadual Eduardo Suplicy defendeu a realização de prévias para a definição do candidato a vice, proposta que foi descartada pela Executiva municipal do PT.

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