Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) vão disputar o segundo turno das eleições presidenciais no dia 30 de outubro.
Às 22h59, quando 99,62% das urnas já tinham sido apuradas, Lula tinha 48,33% dos votos válidos, e Bolsonaro 43,28% A candidata Simone Tebet (MDB) tinha 4,17% dos votos válidos, e o candidato Ciro Gomes (PDT), 3,05%.
Bolsonaro (PL) venceu em 16 capitais; e Lula (PT), em 11 no primeiro turno. Na apuração dos estados, Lula foi o mais votados em 14 unidades da federação e no exterior. Já Bolsonaro teve mais votos em 12 estados e no DF.
Após o resultado, Lula discursou, em São Paulo e disse que que ir para o segundo turno "é apenas uma prorrogação" e garantiu que vai ganhar as eleições.
"Ontem, na entrevista coletiva, eu disse para vocês que toda eleição que eu disputo eu tenho vontade de ganhar no primeiro turno, mas nem sempre é possível", disse Lula.
O candidato do PT também afirmou também que ir para o segundo turno "é apenas uma prorrogação" e disse que vai ganhar as eleições.
"Durante toda esta campanha, a gente esteve à frente nas pesquisas da opinião pública, de todos os institutos, e eu sempre achei que a gente ia ganhar essas eleições e eu quero dizer pra vocês que nós vamos ganhar estas eleições. Isso pra nós é apenas uma prorrogação", disse o candidato.
"Quem sabe, pra desgraça de alguns, eu tenho mais 30 dias para fazer campanha", afirmou.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que vê no resultado do primeiro turno uma "vontade de mudar por parte da população".
Bolsonaro creditou o resultado das urnas – no qual aparece atrás do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a disputa de segundo turno – ao impacto da inflação na popularidade do governo.
"Eu entendo que tem muito voto que foi pela condição do povo brasileiro, que sentiu o aumento dos produtos. Em especial, da cesta básica. Entendo que há uma vontade de mudar por parte da população, mas tem certas mudanças que podem vir para pior", disse.
"A gente tentou durante a campanha mostrar esse outro lado, mas parece que não atingiu a camada mais importante da sociedade", completou.
"Temos um segundo turno pela frente onde tudo passa a ser igual, o tempo [de propaganda] para cada lado passa a ser igual. E vamos agora mostrar melhor para a população brasileira, em especial a classe mais afetada, que é consequência da política do 'fica em casa, a economia a gente vê depois', de uma guerra lá fora, de uma crise ideológica também", disse Bolsonaro.
Com o resultado, daqui a quatro semanas, no dia 30, eleitores de todo o país vão definir entre a volta do PT – que governou o país por 14 anos, somando os governos Lula e Dilma Rousseff – e a continuidade do governo Bolsonaro iniciado em 2018.
O candidato eleito em segundo turno toma posse no cargo no próximo dia 1º de janeiro, em cerimônia no Congresso Nacional. Desta vez, o mandato presidencial terá quatro dias a mais: uma reforma eleitoral aprovada em 2021 definiu que, em 2027, a posse presidencial será em 5 de janeiro.
Ritmo da apuração
Lula começou liderando assim que o TSE iniciou a apuração nas primeiras urnas. O candidato do PT perdeu a dianteira para Bolsonaro às 17h13. Bolsonaro, então, ficou na frente por quase duas horas. Ele voltou à segunda posição às 20h02. Desde então, o petista aumentou a diferença para o atual presidente.
Ciro Gomes (PDT) apareceu em terceiro lugar entre 17h04 e 17h10, quando perdeu o posto para Simone Tebet (MDB).