O deputado federal André Janones foi o primeiro convidado da série de entrevistas com os pré-candidatos à Presidência da República na Rede Meio Norte. Ele afirmou que viu como ‘prepotente’ e ‘arrogante’ a reunião conduzida por pré-candidatos da mesma via para definir qual seria o representante do ‘campo democrático’.
Segundo ele, os ‘almofadinhas’ não têm como condições de ditar quem representa a democracia. “Que prepotência, da arrogância, de Simone Tebet, Eduardo Leite, João Dória e Sérgio Moro, de dizer que vão se reunir e definir a candidatura da via democrática, da terceira via, como se três almofadinhas numa sala com ar condicionado, tivessem condições de ditar quem representa a democracia, acho que eles pensaram que ainda estávamos na política do café com leite, candidatura de verdade é a candidatura quem vem do povo; eu não me coloco no mesmo patamar dessa turma porque de fato eu sou democrático”.
Posição em um segundo turno entre Lula e Bolsonaro
O pré-candidato do Avante ainda avaliou os principais pré-candidatos, sinalizando que o Brasil está 'escolhendo o menos pior', mas que há opções, colocando-se como uma via para a fuga da polarização.
Ao analisar Ciro Gomes, ele disse que vê o pré-candidato com dificuldades para dialogar com o povo. "Vejo o momento eleitoral, que eu chamo de uma falsa polarização, em Minas temos uma polarização de dois candidatos com ampla aceitação popular, mas o eleitor tem que escolher um candidato só, no Brasil hoje o que vemos é oposto, todos estão buscando o menos pior, aquele que vota em Jair Bolsonaro vota para não deixar o PT voltar, e quem vota no Lula, vota para tirar o Bolsonaro; eu chamo isso de falsa polarização; Ciro Gomes creio que é o candidato menos propenso a ser surpresa, vejo ele com dificuldade de se comunicar, um excesso de intelectualidade, com uma linguagem difícil; e no meu caso, que tento romper a barreira do desconhecimento, esse é o meu grande desafio. O meu desafio é me tornar conhecido, ao contrário de Ciro Gomes, de João Dória, que saiu da disputa".
Janones ainda destacou o que há de diferente nas suas propostas. "O que trazemos de diferença é o enfrentamento do sistema financeiro e eu não ter mordido a isca do debate ideológico, eu me preocupo em propor soluções para os problemas reais do povo brasileiro. Não tenho dúvida alguma que se eu romper a barreira do desconhecimento, o que é improvável, vamos conseguir chegar ao segundo turno. Confio que na reta final as pessoas vão começar a buscar um candidato, e arrisco que nesse momento elas voltarão as atenções para os nossos trabalhos, propostas e vamos conseguir chegar ao segundo turno".
O pré-candidato afirmou que caso não chegue a um eventual segundo turno não irá se esconder, e tomará uma posição pelo 'campo democrático'. "Dizem que nessa hora eu devo bater o pé e dizer que vou chegar no segundo turno de qualquer maneira, sei que posso chegar ao segundo turno, mas sei que pode não acontecer, isso acontecendo poderia ter qualquer postura menos essa covarde de se esconder, eu vou tomar um posicionamento".
Janones deixou explícito que entre Lula e Bolsonaro, optaria pelo petista. "Eu no segundo turno vou lutar pró democracia, jamais vou estar do lado daqueles que atacam a democracia, que atacam a imprensa; com esses princípios que tenho, eu estarei ao lado daquele que representa o campo democrático, não acredito que o atual presidente representa o campo democrático, então eu estarei do lado oposto".
Por fim, complementou. "As pessoas não sabem que eu existo, a maioria das pessoas, eu preciso é chegar com as pessoas com essa mensagem para que elas possam me conhecer", concluiu.