André Janones na Rede MN: “Maioria não sabe que eu existo”

André Janones viu como prepotente a atitude de Simone Tebet, Eduardo Leite e outros políticos, de se reunirem pra definir a 'via democrática'.

Agora entrevista o pré-candidato a presidente André Janones | Reprodução
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O pré-candidato do Avante, André Janones foi o primeiro convidado da série de entrevistas com pré-candidatos à Presidência da República na Rede Meio Norte. 

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 Na ocasião, ele pontuou o desafio de viabilizar sua pré-candidatura, alavancando o índice de conhecimento que a população possui dele. O deputado federal detalhou que a maioria das pessoas ‘nem sabem que ele existe’, havendo a necessidade de chegar até esse público.

O Grupo Meio Norte de Comunicação (GMNC) prezando pelo processo democrático e na difusão de informações ao eleitor de todo o país, iniciou nesta quinta-feira, 21 de julho, uma série de entrevistas com os pré-candidatos à Presidência da República, todos os pleiteantes ao posto máximo do Executivo Federal serão convidados a participar da sabatina, que ocorrerá no jornalístico 'Agora', durante o quadro 'Jogo do Poder'.

Estou com o desafio gigante de me tornar conhecido a tempo de transformar essa pré-candidatura, em uma pré-candidatura competitiva em um espaço tão curto de tempo”, disse.

André Janones em entrevista ao AgoraNo campo de pleiteantes que buscam furar a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro, Janones viu como ‘prepotente’ e ‘arrogante’ a reunião conduzida por pré-candidatos da mesma via para definir qual seria o representante do ‘campo democrático’. 

De acordo com ele, os ‘almofadinhas’ não têm como condições de ditar quem representa a democracia. “Que prepotência, da arrogância, de Simone Tebet, Eduardo Leite, João Dória e Sérgio Moro, de dizer que vão se reunir e definir a candidatura da via democrática, da terceira via, como se três almofadinhas numa sala com ar condicionado, tivessem condições de ditar quem representa a democracia, acho que eles pensaram que ainda estávamos na política do café com leite, candidatura de verdade é a candidatura quem vem do povo; eu não me coloco no mesmo patamar dessa turma porque de fato eu sou democrático”. 

Como a pré-candidatura nasceu 

O pré-candidato disse que sua iniciativa de concorrer nasceu do 'clamor popular', mesmo que de uma parcela pequena do eleitorado. De acordo com ele, não veio de reunião e nem de iniciativa própria

"Não foi uma iniciativa minha, tenho muito orgulho de como minha pré-candidatura nasceu, nasceu do clamor popular, mesmo que de um grupo pequeno, eu estava em casa programando mentalmente minha pré-candidatura à reeleição na Câmara Federal, e sou surpreendido com uma pesquisa em um grande telejornal brasileira em que aparece meu nome pontuando com dois pontos percentuais, eu atribuo isso a minha história de vida que é muito parecida com a maioria do povo brasileiro". 

Janones ainda destacou que em alguns recortes regionais chega a seis pontos percentuais de intenção de voto; e que todas suas propostas serão construídas com base na redução da desigualdade social

Crise dos combustíveis

Para solucionar a problemática do alto preços dos combustíveis, Janones defende que se invista nas refinarias e que haja uma mudança na Política de Preços da Petrobras

"O Brasil produz hoje quase 3 milhões de barris por dia, esse petróleo sozinho seria mais que o suficiente para abastecer muito mais que o pais, isso não ocorre porque nossas refinarias não tem tecnologia suficiente para refinar o nosso petróleo, então temos duas soluções: uma a médio e longo prazo, que é investir em refinarias, para que possamos refinar todo o petróleo aqui e abastecer o mercado interno. O segundo ponto mudar a política de preços da Petrobras, estabelecer a política onde você vai fazer a média de preços.  Você vai somar os custos totais, vai repor os custos para o refino e atrelar ali uma taxa de lucro que não dá para ser como hoje, porque só sacrifica os mais pobres". 

Confiança nas urnas

O pré-candidato do Avante disse que Bolsonaro mentiu ao dizer que não confia nas urnas, e que está apenas inventando desculpas pois 'levará couro' nas eleições. "O presidente mentiu quando ele disse que não confia na lisura do processo eleitoral, mentiu quando disse que não confia nas urnas, ele confia nas urnas porque foi eleito por 28 anos, por 7 mandatos, assim como seus filhos e ele nunca questionou é uma falácia, o histórico prova que ele confia talvez até mais do que todos nós nas urnas, é porque esse momento é conveniente para ele, sabe que vai levar um couro nas urnas, ele sabe que a derrota é iminente, inevitável e está começando a arranjar uma desculpa para isso".

Ademais, Janones destacoou que o presidente já está tentando um 'golpe', mas que não conseguirá. "Ele não vai tentar um golpe, já está tentando, esse processo já começou, mas estou confiante que vamos responder à altura". 

Posição em um segundo turno entre Lula e Bolsonaro

O pré-candidato do Avante ainda avaliou os principais pré-candidatos, sinalizando que o Brasil está 'escolhendo o menos pior', mas que há opções, colocando-se como uma via para a fuga da polarização. 

Ao analisar Ciro Gomes, ele disse que vê o pré-candidato com dificuldades para dialogar com o povo. "Vejo o momento eleitoral, que eu chamo de uma falsa polarização, em Minas temos uma polarização de dois candidatos com ampla aceitação popular, mas o eleitor tem que escolher um candidato só, no Brasil hoje o que vemos é oposto, todos estão buscando o menos pior, aquele que vota em Jair Bolsonaro vota para não deixar o PT voltar, e quem vota no Lula, vota para tirar o Bolsonaro; eu chamo isso de falsa polarização; Ciro Gomes creio que é o candidato menos propenso a ser surpresa, vejo ele com dificuldade de se comunicar, um excesso de intelectualidade, com uma linguagem difícil; e no meu caso, que tento romper a barreira do desconhecimento, esse é o meu grande desafio. O meu desafio é me tornar conhecido, ao contrário de Ciro Gomes, de João Dória, que saiu da disputa". 

Janones ainda destacou o que há de diferente nas suas propostas. "O que trazemos de diferença é o enfrentamento do sistema financeiro e eu não ter mordido a isca do debate ideológico, eu me preocupo em propor soluções para os problemas reais do povo brasileiro. Não tenho dúvida alguma que se eu romper a barreira do desconhecimento, o que é improvável, vamos conseguir chegar ao segundo turno. Confio que na reta final as pessoas vão começar a buscar um candidato, e arrisco que nesse momento elas voltarão as atenções para os nossos trabalhos, propostas e vamos conseguir chegar ao segundo turno". 

O pré-candidato afirmou que caso não chegue a um eventual segundo turno não irá se esconder, e tomará uma posição pelo 'campo democrático'. "Dizem que nessa hora eu devo bater o pé e dizer que vou chegar no segundo turno de qualquer maneira, sei que posso chegar ao segundo turno, mas sei que pode não acontecer, isso acontecendo poderia ter qualquer postura menos essa covarde de se esconder, eu vou tomar um posicionamento". 

Janones deixou explícito que entre Lula e Bolsonaro, optaria pelo petista. "Eu no segundo turno vou lutar pró democracia, jamais vou estar do lado daqueles que atacam a democracia, que atacam a imprensa; com esses princípios que tenho, eu estarei ao lado daquele que representa o campo democrático, não acredito que o atual presidente representa o campo democrático, então eu estarei do lado oposto". 

Por fim, complementou. "As pessoas não sabem que eu existo, a maioria das pessoas, eu preciso é chegar com as pessoas com essa mensagem para que elas possam me conhecer", concluiu.

Perfil

O político é mineiro, deputado federal de primeiro mandato, e tem apostado na força das redes socais e na projeção como um “outsider” da política em Brasília para alavancar o seu nome na disputa ao Planalto.

Para ter ideia, Janones tem número robustos no Facebook, contando com 7,9 milhões de seguidores. No Instagram, onde tem 2 milhões. Já no YouTube, ele possui 1,39 milhão de inscritos em seu canal.

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