O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, intimou o candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), para prestar depoimento em até 24 horas por uso da rede social X durante a proibição. A decisão aponta indícios de abuso de poder econômico e de uso indevido dos meios de comunicação. A decisão cita que a Polícia Federal identificou intensa atividade entre o dia 2 de outubro e este sábado (5).
"Ressalta-se que o uso sistemático deste perfil na data de hoje, bem como nos dias anteriores, se amolda à hipótese de monitoramento de casos extremados, em que usuários utilizam subterfúgios para acessar e publicar na plataforma X, de forma sistemática e indevida, com a finalidade de propagar desinformação em relação as eleições de 2024, com discurso de ódio e antidemocráticos, conforme manifestação da Procuradoria-Geral da República", diz um trecho da decisão.
SUSPENSÃO DE CONTA NAS REDES SOCIAIS
A Justiça Eleitoral determinou neste sábado (5) a suspensão do perfil no Instagram de Pablo Marçal, após a divulgação de um suposto laudo médico falso envolvendo seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL). A decisão foi assinada pelo juiz Rodrigo Capez e exigia que o perfil fosse retirado do ar em até duas horas.
Por volta das 16h, a conta do candidato já não estava acessível na plataforma. A suspensão deverá durar 48 horas, impossibilitando tanto Marçal quanto os usuários de visualizarem a página durante esse período.
AÇÃO JUDICIAL
A suspensão ocorreu após Marçal publicar em suas redes sociais, na sexta-feira (4), um suposto laudo médico que acusava Guilherme Boulos de consumo de cocaína. Boulos imediatamente acionou a Justiça Eleitoral, apontando indícios de falsificação do documento e pedindo, inclusive, a prisão de Marçal e a cassação de sua candidatura. A família do médico que teria assinado o documento também negou que ele tenha assinado o laudo.
SUSPENSÃO DE CONTA
Inicialmente, a Justiça Eleitoral ordenou apenas a remoção das publicações com o falso laudo das redes sociais de Marçal, incluindo Instagram, TikTok e YouTube. No entanto, horas depois, outro juiz, Rodrigo Capez, decidiu pela suspensão completa da conta de Marçal no Instagram, alegando que a página estava sendo usada para "divulgar fatos infamantes e inverídicos" com o objetivo de influenciar o pleito eleitoral que ocorre neste domingo.
INVESTIGAÇÃO DA PF
Além das ações judiciais, a Polícia Federal já abriu um inquérito para investigar o caso. As diligências começaram neste sábado, com a análise da autenticidade do documento compartilhado por Marçal.
INDÍCIOS DE FALSIFICAÇÃO
O juiz eleitoral Rodrigo Marzola Colombini destacou uma série de indícios que apontam a falsidade do laudo divulgado por Marçal, incluindo:
- Falsidade do documento: o laudo foi assinado por um médico já falecido.
- Conexão suspeita: o dono da clínica mencionada no laudo tem proximidade com Marçal.
- Timing estratégico: o laudo foi divulgado na véspera das eleições, sugerindo uma tentativa de influenciar diretamente os eleitores.
Com infomações do g1