A Polícia Federal vai abrir um inquérito para investigar a divulgação do suposto laudo médico pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) contra Guilherme Boulos (PSol). O laudo, compartilhado nas redes sociais de Marçal, alega que Boulos teria sido internado por uso de cocaína. No entanto, a Justiça Eleitoral já ordenou a remoção do documento das plataformas digitais por indícios de falsificação.
O suposto laudo médico, datado de 19 de janeiro de 2021, traz a assinatura de José Roberto de Souza, um médico cujo CRM está inativo desde abril de 2022. José Roberto faleceu no mesmo ano, e a família nega qualquer vínculo dele com a clínica onde Boulos teria sido atendido, reforçando a falsificação do documento.
No documento divulgado, consta que Boulos teria apresentado um “surto psicótico grave” e passado por um exame toxicológico que revelou 2,825 ng/mg de cocaína no sangue. No entanto, o candidato do PSol, Guilherme Boulos, desmentiu essa acusação, afirmando que o laudo é completamente falso.
GUILHERME BOULOS RESPONDE ACUSAÇÕES
Em uma transmissão ao vivo no Instagram, Boulos refutou as alegações feitas por Marçal, afirmando que a ação foi uma tentativa desesperada de difamá-lo a um dia da eleição. O candidato ressaltou que, no último debate municipal da Globo, ele exibiu um exame toxicológico provando que não usa drogas.
“Eles jogam com a mentira, mas sabem que serão desmascarados”, disse o candidato, que também anunciou que está entrando com um pedido de prisão contra Pablo Marçal e Luiz Teixeira da Silva Júnior, dono da clínica Mais Consulta, onde o documento teria sido forjado.
“Estamos entrando agora à noite com um pedido de prisão contra o Pablo Marçal, dele e do dono da clínica. Além de todas as medidas cabíveis junto à Justiça Eleitoral”, afirmou o candidato do PSol na live.
RICARDO NUNES SE MANIFESTA
Ricardo Nunes (MDB), outro candidato à Prefeitura de São Paulo, também se posicionou. Apesar de criticar Boulos por ataques pessoais durante a campanha, Nunes condenou veementemente a ação de Marçal. “Repudio veementemente o crime que vimos ontem”, declarou.
Nunes ainda reforçou a necessidade de celeridade por parte da Justiça Eleitoral, pedindo uma rápida análise das provas para encerrar o que chamou de “jogo rasteiro” na disputa pela prefeitura da maior cidade do Brasil.
A investigação da Polícia Federal agora buscará esclarecer os detalhes por trás da criação e divulgação do suposto laudo, com possíveis implicações jurídicas para Marçal e seus aliados.
Com informações do Metrópoles